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Para líder do PSDB, Lula não aceita críticas

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reagiu às críticas feitas aos tucanos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Lula chegou a comparar os tucanos com Adolf Hitler, ao dizer que sentia "pena" ao ver que o PSDB planejava um programa de treinamento de cabos eleitorais no Nor­­deste do Brasil para as eleições de 2010.

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O artigo em que o ex-presidente Fer­­nando Henrique Cardoso acusou Lula de praticar "autoritarismo popular", publicado no dia 1.º de novembro em diversos jornais do país (inclusive na Gazeta do Povo), serviu de combustível para o PT adotar o discurso que mais que­­ria: comparar a administração lulista com a tucana para transformar para eleição do ano que vem em uma espécie de plebiscito entre o modo de governar petista e o do PSDB.

No fim de semana, após Lula insinuar que FHC tem inveja dele e comparar os métodos da oposição a práticas nazistas, o clima continuou quente. Depois do presidente, quem subiu o tom foi a mi­­nis­­tra da Casa Civil, Dilma Rous­­seff, pré-candidata petista à Presi­­dên­­cia. Ela disse que a oposição é "patética e desconexa". Criticou a im­­prensa. E afirmou que o PSDB teme a comparação.

"A consequência (do sucesso de Lula) é o crescente isolamento da oposição, que se vê sem projetos e cada vez mais sem apoio da base so­­cial. Talvez seja essa a explicação por terem trocado a oposição partidária por uma oposição midiática, com a crescente partidarização de alguns segmentos da imprensa. Mas o fato é que a própria realidade destruiu os dogmas da oposição (aplicados nos oito anos de governo tucano)", disse Dilma no sábado a uma plateia de cerca de mil prefeitos e vice-prefeitos petistas, em Guarulhos, São Paulo.

Ela prosseguiu listando os dogmas que teriam sido destruídos pe­­lo governo petista: "O dogma de que distribuir renda era incompatível com o crescimento econômico; de que havia um teto para o Bra­­­­­­­sil crescer ou haveria inflação; o dogma de que o salário mínimo não poderia crescer. Também foi destruído o dogma de que o Estado mínimo é uma exigência da mo­­dernidade. Foi esse Estado, que não era mínimo, que não privatizou e que tinha bancos públicos que pôde investir no setor privado. Foi destruído o dogma de que o po­­­vo precisa de formadores de opinião; o dogma de que o desenvolvimento econômico é incompatível com a sustentabilidade foi destruído".

Dilma deu ainda as diretrizes para 2010. "O que se jogará no ano que vem é o confronto entre dois Brasis: o que terminou em 2002 e o de 2009 e 2010." O presidente do PT, Ricardo Berzoini, engrossou o coro. "O ex-presidente 'Fracas­­sando Henrique Cardoso' escreveu um artigo e disse que o Brasil caminha para o autoritarismo popular. Ele está confundindo. O que acontece é que o povo se identifica com o governo Lula."

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