Assembléia aprova criação de mais cargos no governo do estado

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A criação do Sistema de Controle Interno do governo e a extinção do Serviço de Loterias do Paraná (Serlopar) foram aprovadas ontem pelos deputados estaduais como estava previsto. A novidade foram os seis cargos em comissão previstos nos dois projetos do governo, que somam R$ 33 mil mensais e serão preenchidos por aliados do governador. A oposição criticou a iniciativa, mas os dois projetos foram aprovados sem emendas.

A mensagem que autoriza o governo a implantar o Sistema de Controle Interno prevê a criação de um cargo de assessor com salário de R$ 12 mil mensais.

A estrutura será comandada pelo vice-governador Orlando Pessuti (PMDB), com a ajuda de Luis Mussi, André Pegorer e Melo Viana. O grupo está sendo montado com a tarefa de fiscalizar as secretarias e o cumprimento dos programas de governo.

Além de criticar a criação de mais um cargo comissionado, a oposição questionou a viabilidade da proposta. Segundo o vice-líder da oposição, Élio Rusch (DEM), o governo já tem a Corregedoria e Ouvidoria Geral, que tem as mesmas atribuições do Sistema de Controle Interno.

Outra crítica foi em relação ao cinco cargos comissionados do Serlopar que serão mantidos mesmo com a extinção do serviço. Pelo projeto do governo, os cargos de presidente, diretor administrativo, diretor técnico e dois assessores, que somam salários de R$ 21 mil, ficarão à disposição da Casa Civil.

A oposição apresentou emenda pedindo a extinção dos cargos. O argumento é de que se o governo depende de caixa para dar o reajuste aos servidores, precisa cortar gastos.

Pelo cálculo do líder do PDT, Luiz Carlos Martins, no final de quatro anos, a extinção dos cinco cargos representaria uma economia de R$ 1 milhão. O deputado Jocelito Canto (PTB) disse que o governador cortou o jogo no Paraná e está na hora de economizar. "Tem que acabar também com o jogo pessoal de de empurrar cargos para outras secretarias para acomodar parentes", disse.

A emenda foi derrubada pelo plenário. O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), justificou que os cargos do Serlopar já existem e serão aproveitados em outras pastas. (KC)