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A Assembléia Legislativa vai entrar com uma ação na Justiça pedindo o ressarcimento dos salários recebidos entre 2001 e 2007 por Verônica Durau, sogra do ex-chefe de gabinete do prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB), Ezequias Moreira. A medida será anunciada hoje à tarde pela comissão especial que apurou a denúncia de que Verônica era funcionária "fantasma" da Assembléia e de que parte dos salários teriam sido depositados na conta do genro dela. Os dois serão responsabilizados pela Mesa Executiva da Assembléia.

Caso seja considerado que o salário atual bruto do cargo que ela ocupava era de R$ 3,4 mil, a estimativa é de que Verônica Durau tenha de devolver aos cofres públicos cerca de R$ 300 mil, sem contabilizar no cálculo, por exemplo, o terço de férias e os encargos sociais pagos pela Assembléia sobre seus vencimentos (cerca de 20% do salário de cada funcionário).

Apesar de ter sido nomeada para a Assembléia em 1996, a sindicância vai exigir a devolução dos valores referentes aos últimos sete anos, período posterior à saída do prefeito Beto Richa da Assembléia, onde foi deputado. Ou seja, ela terá de devolver os salários recebidos de janeiro de 2001 até julho deste ano, último mês completo em que ela foi funcionária da Casa antes de pedir exoneração.

A sindicância sobre o caso durou quase um mês. De 1996 a 2000, Verônica Durau estava nomeada no gabinete do ex-deputado estadual e atual prefeito Beto Richa (PSDB). E, de 2001 a 2007, ela passou a ocupar um cargo na diretoria administrativa da Casa.

Responsabilidade

A decisão de pedir o ressarcimento de apenas uma parte dos salários indica que a comissão entendeu que, antes de 2001, a responsabilidade sobre o controle de frequência era do gabinete do ex-deputado Beto Richa e que não há como comprovar se ela cumpria ou não expediente nesse período. Porém, ela própria admitiu, em entrevista à Gazeta do Povo, que nunca trabalhou no Legislativo.

O caso veio à tona depois que o relações públicas Marcos Ravazzani apresentou denúncia no Ministério Público do Paraná contra o então chefe de gabinete do prefeito. Ezequias Moreira é acusado de ter usado a sogra como "laranja" para receber salários da Assembléia, pelo menos entre 2002 e 2003. Documentos anexados à denúncia levantam a suspeita de que a conta que ela recebia os vencimentos seria a mesma do ex-chefe de gabinete.

A denúncia provocou o pedido de exoneração de Verônica Durau do Legislativo e a saída de Ezequias Moreira da prefeitura.

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