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Os agentes penitenciários continuam sendo alvo dos bandidos. Mais um agente foi morto neste domingo, somando quatro mortes desde a quarta-feira passada. Outros dois ataques ocorreram em Campinas, no sábado, e em Guarulhos, no domingo, mas os agentes conseguiram sobreviver. Também neste domingo os criminosos mataram um soldado da polícia militar. Em todos os crimes, a polícia investiga se as mortes foram encomendadas por uma facção criminosa que atua no estado de São Paulo.

O agente penitenciário Otacílio Couto, de 40 anos, foi assassinado a tiros na Rua Manoel Francisco Alves, no Jaçanã, zona norte de São Paulo, por volta das 20h30m, deste domingo. Couto trabalhava no Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 do Belém, na zona leste da capital.

Criminosos atacaram o agente quando ele falava em um telefone público. Segundo a polícia, os assassinos ocupavam uma Parati vermelha. O irmão de Otacílio, José Couto Filho, disse que ele trabalhava com medo, mas encarava isso como um desafio de sua profissão.

No mesmo horário em que Otacílio foi atacdo, outro agente penitenciário foi alvo de um atentado, mas escapou ileso. Os atiradores dispararam contra o carro de Joselito Francisco da Silva no município de Guarulhos, Grande São Paulo. Silva, que trabalha no CDP da cidade, não tinha registrado queixa na delegacia da região até as 4h de hoje.

Outra tentativa de assassinato de um agente penitenciário aconteceu em Guarulhos. Os atiradores dispararam contra o carro de Joselito Francisco da Silva, que trabalha no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos. Ele conseguiu escapar ileso. Em Campinas, o agente foi atacado no início da noite de sábado. Os bandidos atiraram várias vezes contra ele, mas não o atingiram. A polícia investiga os dois casos.

O soldado assassinado é José Eduardo Gonçalves de Freitas. Ele pertencia ao batalhão de choque da Polícia Militar e foi morto com três tiros quando caminhava no final da noite de domingo por uma rua do Belenzinho, na zona leste da capital. Ele estava de folga, mas usava botas e o cinto da PM. Ainda não há pistas dos assassinos.

Também no domingo, detentos da Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Bernardes, onde está detido Marcos Camacho, o Marcola, fizeram novamente um tumulto no início da noite. Foi o segundo motim em menos de uma semana. Os presos quebraram os vidros blindados das celas. Sessenta policiais foram chamados para controlar a situação. Bombas de efeito moral foram utilizadas. Durante a revista foram encontrados vários estiletes improvisados, feitos com materiais das janelas que tiveram os vidros quebrados.No domingo, em Peruíbe, no litoral sul, a polícia prendeu 14 pessoas que estavam se dirigindo para uma reunião onde seriam definidos novos alvos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a prisão aconteceu quando os criminosos se preparavam para novos ataques. Apenas dois deles não tinham passagens pela polícia. A secretaria disse ainda que a Polícia Militar montou uma megaoperação para prender o grupo e até fez barreiras na entrada da cidade. A Rodovia Padre Manoel da Nóbrega chegou a ser totalmente interditada durante a operação. Outras 13 pessoas foram detidas no sábado pela polícia no interior do estado, também acusadas de planejar novos ataques a agentes.

Na última segunda-feira, a polícia matou 13 pessoas que também se preparavam para um ataque na região do ABC e em Diadema. Dos 13 mortos 10 foram em São Bernardo do Campo e os demais em Diadema. Os suspeitos não atenderam à voz de prisão da polícia e foram baleados. Todos tinham passagem pela polícia. Outras sete pessoas (seis homens e uma mulher) foram detidas. A polícia descobriu a ação por meio de escutas telefônicas. D etentos inimigos da facção criminosa também fizeram denúncias.

A polícia apreendeu na ocasião, pelo menos, 15 armas de grosso calibre. Os suspeitos se dividiram em grupos para atacar Centros de Detenção Provisória (CDPs) em São Bernardo, Diadema, Mauá e Santo André. O delegado Marco Antônio Pereira afirmou que o município de São Bernardo do Campo foi escolhido para a tentativa de resgate de presos e assassinato de agentes penitenciários porque a região não teve 'mortes suficientes', em maio, durante a onda de terror em São Paulo.

Os agentes fizeram greve de 24h na quinta e ameaçaram parar novamente as atividades no final de semana, mas acabaram desistindo. Eles vão decidir nesta segunda-feira um novo período de greve.

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