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O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse ontem em Cruzeiro do Oeste, Região Noroeste, que não se cogita qualquer mudança no comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Paraná. "No momento, nós estamos preocupados em trabalhar", afirmou Passos na solenidade em que assinou a ordem de serviço para a retomada das obras na BR-487, a Estrada Boiadeira. Esta é a terceira vez em quatro anos que o governo anuncia o reinício da pavimentação do trecho de 18,7 quilômetros en­­tre Cruzeiro do Oeste e Tu­­neiras do Oeste.

O superintendente do Dnit no Paraná, José da Silva Tiago, era tido como um possível alvo da "faxina" no órgão após a queda de Alfredo Nascimento da pasta de Transportes, no início de julho de 2010. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), irregularidades na duplicação do Contorno Norte de Maringá teriam causado um prejuízo de R$ 10,5 milhões. A obra está paralisada desde o ano passado, mas o ministro Passos disse ontem que em dois meses ela deve ser retomada.

Estrada

A comitiva ministerial, formada ainda pelo titular da pasta de Comunicações, o paranaense Paulo Bernardo, se mostrou otimista com a conclusão da Estrada Boiadeira desta vez. Passos afirmou que a obra não deve parar porque tem um projeto de engenharia novo, licença ambiental e tem o crivo do TCU. Nos outros dois lançamentos recentes, a obra foi suspensa por ilegalidades nas licitações e falta de licença ambiental.

A pavimentação dos 187 quilômetros da Estrada Boia­­deira, entre Campo Mourão e o complexo de pontes de Porto Camargo, no Rio Paraná, é uma das reivindicações mais antigas da região. A obra chegou a ser iniciada em 1986, mas sofreu várias interrupções devido a irregularidades descobertas pelo TCU. Dos cinco trechos da rodovia no Noroeste do estado, apenas um está pavimentado: os 30,6 km entre Campo Mou­­rão e Nova Brasília (Araruna), mas há obras ocorrendo no trecho entre Tuneiras e Cruzeiro do Oeste.

Segundo o ministro dos Transportes, a garantia para a execução da obra vem da presidente Dilma Rousseff e dos recursos financeiros que estão disponíveis. "Além disso, tem uma ministra paranaense [Gleisi Hoffmann, da Casa Civil] que vai ficar o tempo todo no meu calcanhar querendo saber se a obra da Boiadeira está saindo." Passos ressaltou que a rodovia é fundamental para estruturar o corredor de transportes entre o Centro-Oeste do Brasil e o Porto de Paranaguá.

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