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O presidente da Sanepar, Stênio Jacob, e o presidente do Conselho de Administração da empresa, Pedro Henrique Xavier, vão ser chamados para prestar esclarecimentos, na Assembléia Legislativa, no dia 26 (quinta-feira da semana que vem). Eles devem falar sobre os contratos firmados entre a Sanepar e a construtora Pavibrás. A data foi anunciada ontem pelo presidente da Casa, Nélson Justus (DEM).

O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), defendeu ontem que Jacob e Xavier compareçam acompanhados de técnicos, que poderão explicar melhor os detalhes do contrato para a realização de obras de esgoto e saneamento no litoral, orçadas em R$ 69 milhões, mas que receberam vários aditivos e que acabaram nem sendo concluídas pela Pavibrás. "Só assim teremos uma discussão mais aprofundada sobre a licitação", disse.

A oposição cobra respostas antes mesmo da presença da cúpula da Sanepar na Assembléia. A bancada conseguiu aprovar ontem dois requerimentos que haviam sido rejeitados pelo plenário em sessões anteriores. Os pedidos exigem cópias dos relatórios da comissão externa instalada na Sanepar por exigência do banco financiador do programa de saneamento e as apólices de seguros formalizados para as obras licitadas, concluídas e em execução, desde 2004.

O deputado estadual Jocelito Canto (PTB) disse que vai dar um "voto de confiança" ao presidente da Sanepar, aguardando as informações sobre os contratos. "Se não for satisfatória a explicação, entramos com a CPI." A bancada do PTB havia começado a coletar assinaturas para a CPI na segunda-feira. Para conseguir protocolar o pedido, no entanto, o petebista precisa de mais 15 assinaturas. Além dele, apenas Fábio Camargo e Carlos Simões, ambos do PTB, assinaram o requerimento.

A iniciativa dos petebistas, porém, enfrenta resistência da bancada governista e da própria oposição. "Não vamos ser massa de manobra dos governistas. Amanhã, eles decidem retirar as assinaturas e nos deixam na mão", disse o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), que orientou a bancada a não apoiar o pedido.

A idéia também não agrada o presidente da Assembléia, Nélson Justus. "Qualquer decisão só deve ser tomada depois de ouvidos os representantes da Sanepar", disse. O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), descarta a hipótese de CPI, que só será feita em caso de "extrema necessidade". Para Romanelli, Jocelito Canto tem uma "certa imprevisibilidade" e o assunto por enquanto nem está sendo levado em consideração.

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