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Deputados  Alessandro Molon (PT-RJ) e Laerte (PR-DF) discutem durante audiência pública para debater a PEC que trata da maioridade penal. | Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
Deputados Alessandro Molon (PT-RJ) e Laerte (PR-DF) discutem durante audiência pública para debater a PEC que trata da maioridade penal.| Foto: Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados

Terminou em tumulto a audiência pública sobre a redução da maioridade penal, promovida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta terça-feira. O deputado Laerte Bessa (PR-DF), delegado da Polícia Civil, se irritou ao ter a fala interrompida por estudantes e integrantes de movimentos sociais contrários à mudança na Constituição, que lotaram o plenário onde ocorria a audiência sob gritos de “Não à redução! Não à redução!”

Em meio a manifestações difusas de parlamentares para que os presentes fossem retirados, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) pediu a palavra para defender a permanência deles. Foi quando Bessa se irritou, gritou com Molon, dando início a mais confusão. A reunião foi marcada por tensão devido às ideias divergentes em torno do tema — com berros dos manifestantes, de um lado; e respostas no mesmo tom dos parlamentares, de outro.

Como já tinha avisado que não toleraria mais bate-boca de parlamentares, o deputado Artur Lira (PP-AL) resolveu finalizar a reunião. Nesse momento, um novo tumulto foi criado entre os manifestantes, que chamavam os parlamentares da bancada da bala de “ladrão”, “palhaço”, entre outras ofensas. Os deputados Éder Mauro (PSD-PA) e Waldir (PSDB-GO), ambos delegados, foram amparados por um policial legislativo para deixar o plenário. Com dedo em riste, respondiam às provocações do manifestantes.”Eu quero bandido na cadeia”, gritava o deputado Éder Mauro.

A Polícia Legislativa quase prendeu um manifestante mais exaltado, mas depois voltou atrás, sob a condição de que ele deixasse o plenário da CCJ. Minutos depois, já recomposto, Molon, que é contrário à redução da maioridade, criticou a atitude dos parlamentares que pediam a retirada dos manifestantes da audiência. “Eles estão querendo ganhar no grito. E, no grito, eles não vão ganhar. Os manifestantes são representantes da sociedade que estão aí para opinar” afirmou Molon.

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