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Mesmo com os presos empunhando bandeiras e se declarando integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), o governador Roberto Requião e o secretário da Segurança Pública negaram nesta segunda-feira (15) que as rebeliões registradas no Paraná tenham ligação com a organização criminosa paulista.

Durante a reunião semanal da Operação Mãos Limpas, Requião explicou a situação de violência ocorrida nas últimas horas como "protestos". Em nota na Agência Estadual de Notícias (AEN), o governador afirmou: "No Paraná, não tivemos manifestações no Sistema Penitenciário. O que tivemos foram protestos em algumas cadeias públicas, que foram motivados por problemas de superlotação."

O secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, também minimizou as ações ao afirmar que as mesmas não teriam ligação com facções criminosas de São Paulo. "Aqui tivemos diversas reivindicações para melhorar as condições de permanência dos presos nas cadeias", explicou à agência estadual.

Em contrapartida, os presos de Foz do Iguaçu e de Campo Mourão se auto intitularam como sendo integrantes do PCC. Em Foz do Iguaçu, no momento da rebelião os detentos empunharam faixas com as siglas da facção. Já na outra cidade, cuja a rebelião ainda não foi controlada, os rebelados pediam a libertação de presos de São Paulo e afirmam pertencer ao temido grupo.

Medidas

Para tentar evitar novas rebeliões, o governo anunciou a construção de novas penitenciárias do estado, que deverá dobrar o número de vagas. O secretário anunciou ainda que deverá pedir a compra de bloqueadores de celulares nas delegacias. O que, teoricamente, deveria dificultar a comunicação entre os presos de diversas penitenciárias e cadeias.

O bloqueio de celulares é um dos fatores que encorajam os presos a se rebelarem, acredita o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), Paulo Martins. Segundo ele, além disso o cumprimento de uma resolução da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) que determina que os juízes das comarcas devem solicitar reforço externo da Polícia Militar nas delegacias que possuem presos condenados pela Justiça aumentaria a segurança nas cadeias. "Hoje temos três mil policiais civis e 17 mil militares. É claro que precisamos de ajuda", justificou.

Paulo Martins acredita também que a unificação das policias civil e militar traria benefícios para evitar ações como as registradas nas últimas horas, pois haveria maior inteligência e investigação, que coibiria ações deste tipo.

Veja entrevista com Requião e Delazari na reportagem em vídeo do ParanáTV

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