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As investigações a respeito do caso Banestado, que apurou remessas ilegais de dinheiro ao exterior, vão render aos cofres da União pelo menos cerca de R$ 8,3 bilhões. Esse montante se refere às autuações fiscais [cobranças] feitas pela Receita Federal sobre US$ 24 bilhões que foram movimentados irregularmente em contas CC5, conforme investigação da força tarefa formada por representantes do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) para investigar o caso, entre 2003 e 2007.

No total, a Receita fez 1.938 procedimentos fiscais. Segundo o MPF, este é o maior rastreamento de remessas ilegais para o exterior já realizado no país. O procurador da República Deltan Martinazzo Dallagnoll, integrante da força tarefa, explicou que o valor de R$ 8,3 bilhões, apesar de impressionante, é apenas uma parte do resultado econômico do trabalho. Ele explicou que a investigação provocou uma "corrida" para a regularização das movimentações indevidas de dinheiro, e isso gerou arrecadação para a União.

"Boa parte do montante já foi pago, mas ainda não conseguimos confirmar com a Receita o valor exato. Mesmo com alguma inadimplência, que costuma ocorrer, estamos com boa perspectivas", afirmou Dallagnoll.

Exterior

As contas CC5 eram utilizadas por empresas para enviar dinheiro para o exterior, mas também foram usadas para o envio de dinheiro para brasileiros que moram fora do país por meio de "laranjas". A força tarefa também identificou irregularidades em outros tipos de operações – no total, o valor de movimentações financeiras das contas que foram objeto de processos criminais chegou a mais de US$ 28 bilhões. Foram investigadas quase 1,2 mil contas no exterior, envolvendo agências do Banestado nos Estados Unidos e de outros bancos. O grupo conseguiu um banco de dados de 1,9 milhão de registros de movimentações financeiras no exterior.

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