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Presidente faz nova crítica a jornais

Brasília - Agência Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar setores da imprensa. Na Coluna Semanal do Presidente, informativo divulgado pelo Palácio do Planalto, Lula disse que "em relação aos jornais, alguns deles parecem ter-se especializado apenas em notícias negativas, de modo que se tornaram capengas, deixando de transmitir as variadas dimensões da realidade." A declaração do presidente foi feita em resposta a um professor de Fortaleza (CE) que lhe perguntou se era verdade que ele não lia jornais e tinha desprezo pelo conhecimento. "Na democracia, quem tem desprezo pelo conhecimento jamais chega a presidente da República", respondeu Lula, segundo o informativo. Em janeiro, a revista Piauí divulgou entrevista em que o presidente afirmava que não lia jornais. Disse que as notícias lhe davam "azia".

Brasília - A avaliação positiva da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu de 69,8% em maio para 65,4% em setembro, de acordo com pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. Mas a queda de popularidade não é o único assunto que pode deixar o petista preocupado. Nas sondagens de intenção de voto para a disputa presidencial no ano que vem, a candidata dele, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, perdeu terreno.

A avaliação negativa de Lula cresceu de 5,8% para 7,2%. A avaliação regular subiu de 23,9% para 26,6%. Segundo o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, a queda na opinião favorável ao governo ocorre principalmente entre pessoas das regiões Sul e Sudeste. Já a aprovação ao presidente recuou de 81,5% em maio para 76,8% em setembro e a desaprovação subiu de 15,7% para 18,7%. "Vale notar que a avaliação sobre o presidente, apesar da queda, ainda se encontra em patamar significativamente alto", disse Guedes.

O diretor do Sensus associou a queda nas avaliações positivas do governo e do presidente Lula a três fatores: gripe suína, o episódio envolvendo a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira com a ministra Dilma Rousseff e a crise no Senado, envolvendo o senador José Sarney, embora este último tema não esteja contemplado na pesquisa. Segundo ele, há uma postura do presidente Lula de chamar crises institucionais para si, o que, segundo Guedes, prejudica a popularidade. "Há uma postura menos política de Lula", afirmou.

Mas, para Guedes, o principal fator responsável pela queda na avaliação positiva foi a gripe suína. A pesquisa perguntou aos entrevistados se o governo tem combatido adequadamente a gripe suína e 51,5% disseram que sim, contra 59,4% em maio.

2010

Na pesquisa espontânea para a eleição presidencial de 2010, em que os eleitores dizem em quem vão votar, Lula aparece disparado em primeiro lugar, com 21,2% das intenções. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vem na sequência com 7,7%, seguido de Dilma Rousseff, com 4,8%.

Na pesquisa estimulada, Serra venceria Dilma com 39,5% dos votos, enquanto a petista recebeu 19%. Em terceiro lugar aparece Heloísa Helena (PSol), com 9,7% dos votos, seguida por Marina Silva (PV), com 4,8%. A CNT Sensus não realizou cenário em que Serra, Dilma e Ciro Gomes (PSB) disputam o primeiro turno. Quando Dilma é substituída pelo deputado Antônio Palocci (PT), a vantagem de Serra é ainda maior: 42,2% para o tucano contra apenas 7% para o petista.

Com relação ao nível de rejeição dos prováveis candidatos em 2010, o tucano Aécio Neves é o que tem o menor índice: 26,3% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Palocci, por sua vez, é o que desperta maior rejeição: 45,8%. Serra tem 29,1% de rejeição; Dilma, 37,6%; Marina, 39%; Ciro, 39,9% e Heloísa Helena (PSol), 43%. Segundo Guedes, índices superiores a 40% de rejeição significam candidatos sem chances de vitória na sucessão.

A maior parte dos entrevistados (50,2%) não está acompanhando o episódio sobre o suposto encontro de Lina Vieira com Dilma, no qual a petista teria pedido para Lina "agilizar’’ as investigações de familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Mas, entre os que acompanharam o assunto, 35,9% dos entrevistados acreditam na versão de Lina, enquanto 23,6% dos eleitores dizem que a ministra diz a verdade.

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