Passados quase três anos que o escândalo dos grampos telefônicos na Bahia veio à tona, somente esta semana três dos acusados da operacionalização das escutas foram exonerados dos seus cargos na Secretaria de Segurança Pública (SSP), assim mesmo sob a justificativa de "mudanças rotineiras" para melhor aproveitamento dos recursos humanos da SSP. Foram exonerados esta semana pelo governador Paulo Souto o ex-delegado chefe da Polícia Civil Waldir Gomes Barbosa e os técnicos da Central de Telecomunicações da Secretaria de Segurança Pública (Centel/SSP), Alan Farias e Ednilson Bispo dos Santos.
Mesmo afastado das funções de chefia desde o início das denúncias, o delegado Waldir mantinha título e remuneração. Os grampos ilegais foram denunciados em fevereiro de 2003, e atingiram os telefones celulares dos deputados federais Geddel Vieira Lima (PMDB) e Nelson Pelegrino, do ex-deputado Benito Gama, da advogada e ex-namorada do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) Adriana Barreto e o marido dela Plácido Farias.
ACM também chegou a responder a processo de quebra de decoro parlamentar na Comissão de Ética do Senado, sob suspeita de ser o mandante da realização dos grampos, mas se livrou da cassação, por ironia do destino, graças a um acordo firmado com o ex-chefe da Casa Civil e ex-deputado federal, à época seu amigo, José Dirceu (PT-SP), hoje cassado por falta de decoro.
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