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Deputado eleito com o maior número de votos, Ratinho pretende disputar o governo do estado | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Deputado eleito com o maior número de votos, Ratinho pretende disputar o governo do estado| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Conservador

Partido defende valores familiares e cristãos

Todos os novatos eleitos pelo PSC concordam que o partido é bom porque segue uma tônica ligada aos valores familiares e cristãos. Sobre temas mais controversos, como casamento homoafetivo, aborto, redução da maioridade penal e descriminalização das drogas, a maior parte dos parlamentares concorda com o posicionamento da legenda, que tende a ser mais conservador.

Família é a base

"Concordamos que a família é a base da sociedade. É claro que não é todo partido que vai pensar igual e internamente haverá divergências, mas o conceito de família é uma instituição", comenta Alexandre Guimarães.

Para Marcio Nunes, não é qualquer político que terá a coragem necessária para assumir a redução da maioridade penal. "É um absurdo o que vemos todos os dias e ninguém faz nada", reclama. Ele também é contrário à descriminalização das drogas.

Wilmar Reichembach, por outro lado, não tem nada contra o casamento homoafetivo. Mas reclama do "estímulo" para essa decisão que vê no país. "A gente vê com preocupação o que parece ser um modismo e, às vezes, até o governo federal tem iniciativas irracionais com relação à questão de gênero", argumenta.

O PSC elegeu 12 deputados estaduais e vai formar a maior bancada da Assembleia Legislativa do Paraná entre 2015 e 2018. Dois deles foram reeleitos, Paranhos e Gilson de Souza. Ratinho Jr. – que já foi deputado estadual, federal e secretário de Estado – voltará ao Legislativo estadual. Com mais de 300 mil votos, Ratinho conseguiu votos para ajudar a legenda eleger quase 25% dos 54 parlamentares da Casa.

INFOGRÁFICO: Veja a distribuição dos membros do PSC no Paraná

Os eleitos parecem ter sido minuciosamente selecionados. Todos têm alguma relevância regional e, acima de tudo, endossam o projeto do partido, que pode lançar Ratinho, o puxador de votos, para concorrer ao governo do estado daqui a quatro anos. "Todo o grupo está muito unido em torno do plano do Ratinho, que é a sucessão do Beto Richa em 2018", comenta Guto Silva, um dos novos deputados.

A força do grupo já é visível na primeira disputa que a bancada participa , envolvendo a Presidência da Assembleia e cargos no primeiro escalão do governo. O grupo projeta a formação de uma marca própria, que deverá focar numa maior abertura para atender à população. Na pauta, também está fortalecer o partido no interior do estado.

Para a próxima legislatura, várias regiões já estão representadas por parlamentares do PSC. Ratinho Jr. e o Missionário Ricardo Arruda – suplente na legislatura passada – fizeram votos em 395 e 391 municípios, respectivamente. Para Marcio Nunes, de Campo Mourão, isso deixa claro o projeto do partido. "Vamos eleger vereadores e prefeitos na próxima eleição. De preferência, gente que não está na política, gente nova", defende. Sobre a influência de Ratinho nesse processo, é enfático: "Todo o PSC tem o entendimento que ele está pronto para qualquer cargo e é competente. Ele é uma grande estrela, um líder. Nós seremos seus soldados".

Convites

A maioria da bancada do PSC já ocupou cargo público na região de origem. Em alguns casos, foram convidados pelo próprio Ratinho para se juntar à legenda com a chance de serem eleitos com um número menor de votos, o que animou os futuros deputados.

"Eu era do PSDB e passei para o PSC, pensando na estratégia de que votam mais na pessoa do que no partido", diz Wilmar Reichembach, que já foi prefeito e vereador em Francisco Beltrão. Já Claudio Palozi concorria ao cargo de deputado estadual pela terceira vez e, em outros partidos, não obteve sucesso. Ele até prefere não falar das siglas antigas. "Para que ficar remoendo o que não foi bom? O PSC me deu a oportunidade de ser eleito", afirma.

O convite também foi a razão de Guto Silva para entrar no grupo. "Até para fazer base para o Beto Richa, já que na cidade e na região, a oposição estava mais forte", comenta ele, que é de Pato Branco, já foi vereador no município e sub-chefe da Casa Civil no governo Richa. E ele reitera que apoia Ratinho integralmente. "Nosso papel é auxiliar a ampliação do processo político do partido. Política não se faz sozinho, vamos ajudar a construir isso", diz Silva.

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