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O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) informou neste sábado (17) que apresentará na próxima semana requerimento à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal para a convocação dos lobistas Fernando Soares, o Baiano, e Jorge Luz.

Em depoimento à Procuradoria Geral da República, Baiano relatou ter pago entre 2006 e 2008 propina ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao líder do governo na Casa Legislativa, Delcídio Amaral (PT-MS), em contrato de afretamento de navio-sonda da Petrobras.

Segundo relato de um investigador à reportagem, o petista e o peemedebista teriam dividido entre US$ 5 milhões e US$ 6 milhões com Barbalho e com Silas Rondeau, à época ministro das Minas e Energia. Segundo a investigação, o operador dos pagamentos foi Luz, considerado uma espécie de decano dos lobistas que atuavam na empresa estatal.

“O senador apresentará requerimento para convocação do delator Fernando Baiano e do denominado lobista Jorge Luz para depor e explicar a citação de nomes de senadores, dentre eles do próprio Jader Barbalho, que teriam recebido propina”, informou a assessoria do senador peemedebista.

No depoimento, Baiano relatou aos procuradores uma conversa, em 2010, com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na ocasião, Baiano foi ao escritório político de Cunha, no Rio de Janeiro, para pedir apoio para pressionar outro lobista, Julio Camargo, em relação a pagamentos atrasados de propina relativos ao contrato de um segundo navio-sonda, o Vitória 1000.

Baiano revelou ao deputado que Renan e Barbalho tinham recebido “comissão” do contrato do Petrobras 10.000. Indagado pelos procuradores se também havia mencionado Delcídio e Rondeau na conversa com Cunha, Baiano disse que preferiu citar apenas os senadores do PMDB.

O relato das propinas a Renan, Delcídio e Jader integram um dos anexos da delação de Baiano, homologada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

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