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Na esteira da relação conflituosa ao longo dos quase três meses de julgamento, o relator do mensalão, Joaquim Barbosa, voltou a questionar nesta terça-feira (23) a atuação do revisor, Ricardo Lewandowski, sobre a definição das penas para os réus condenados. Incomodado com a sugestão de Lewandowski, Barbosa disse que o colega "barateia demais o crime de corrupção". Os ministros discutiam a punição do empresário Marcos Valério, operador do esquema, por corrupção ativa no desvio de recursos do Banco do Brasil.

Barbosa sugeriu 4 anos e 8 meses. Lewandowki propôs 3 anos e 1 mês. O relator justificou ainda que os desvios do fundo Visanet, ligados ao Banco do Brasil, somaram R$ 73 milhões.

Lewandowski não reagiu a provocação de Barbosa. Antes, ele tinha dito "que a dosimetria [tamanho da pena] é como se fosse a dose de um medicamento (...) Não pode ser maior nem menor, tem que ser na dose certa", disse.

Diante do impasse, os ministros suspenderam a votação, que será retomada nesta quarta (24). Valério foi condenado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O plenário do Supremo já definiu que a pena do empresário será de pelo menos 11 anos. Foram 2 anos e 11 meses por formação de quadrilha.

Por desvios de recursos da Câmara, que tiveram a participação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), Valério foi condenado por 4 anos e 1 mês por corrupção ativa e 4 anos e 8 meses por peculato.

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