• Carregando...
Cabo Patrício: fora da presidência | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABR
Cabo Patrício: fora da presidência| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABR

Brasília - A tropa de choque do governo na Câmara Legislativa do Distrito Federal avançou ontem na articulação para assumir o controle das investigações contra o governador José Roberto Arruda (sem-partido), beneficiário e operador de um suposto esquema de arrecadação de propina, investigado pela Operação Caixa de Pandora, conhecido como "Mensalão do DEM".

O deputado Alírio Neto (PPS), foi retirado da CPI da Corrupção pelo bloco do PMDB – detentor da vaga de integrante da comissão. Com isto, ele perdeu o cargo de presidente do colegiado. Para sua vaga, o PMDB indicou Geraldo Naves, do DEM, ex-partido de Arruda.

O PPS ameaçou levar Alírio Neto ao conselho de ética do partido se não rompesse com a base aliada, que tenta ora atrasar e ora impedir as investigações contra o governo. Se fosse expulso da legenda, o deputado não poderia concorrer nas eleições de outubro. Neto, então, atendeu o apelo do partido prontamente. Saiu do bloco do PMDB e garantiu nunca ter divulgado o fim da CPI da Corrupção – anúncio que havia feito dias antes.

Geraldo Naves foi indicado pelo PMDB porque os três deputados distritais do partido foram citados no inquérito da Polícia Federal como beneficiários do suposto esquema, e não podem, por determinação da Justiça, participar das investigações.

A presidência da Câmara Legislativa, vaga com a renúncia de Leonardo Prudente (sem partido), flagrado colocando dinheiro de suposta propina nas meias, também deve ser assumida por um aliado do governador. O cargo hoje é ocupado pelo oposicionista Cabo Patrício (PT), que era vice-presidente da Casa.

Com pressa para retomar o controle da Casa, a base aliada conseguiu que a eleição fosse marcada para hoje – dois dias depois da renúncia de Prudente. O nome mais cotado entre os parlamentares para a vaga é Wilson Lima (PR).

Com três mandatos distritais no currículo, Lima tem o aval de Arruda para tomar conta da Casa. Promete não fazer alterações na distribuição de cargos e funções, e não esconde a disposição de "assumir o ônus" de presidir uma Casa em crise.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]