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Foi enterrado nesta sexta-feira o bebê Gustavo de Oliveira Garcia, de 16 meses, que sofreu parada respiratória e morreu ontem depois de ser esquecido dentro do carro pelo pai, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A criança passou cerca de seis horas fechada no carro. O pai, o biólogo Ricardo César Garcia, de 31 anos, afirmou na delegacia que ontem era seu primeiro dia de férias e alterou a rotina. Deixou a mulher no trabalho, voltou para a casa e dormiu. Só se lembrou do filho mais de cinco horas depois, quando acordou e falou com a mulher por telefone.

Todas as manhãs Garcia levava o bebê para a creche, a mulher para o trabalho e, sem seguida, ia para o seu próprio serviço. Ontem, no lugar de levar o filho na creche, voltou com ele para casa. Eram cerca de 7h da manhã. Garcia dormiu até meio dia. Quando acordou e falou com a mulher, Magna Oliveira Garcia, que trabalha como enfermeira no Hospital das Clínicas, se deu conta que tinha esquecido o filho. Encontrou o bebê desfalecido no carro. A criança chegou no hospital com 40,8 graus de temperatura. Os médicos tentaram reanimar Gustavo, mas ele não resistiu.

Garcia pagou fiança de R$ 300 e foi liberado. Foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Nesta sexta-feira, faz exatamente um ano que ocorreu um caso semelhante em São Paulo. O administrador Carlos Alberto Legal Filho, de 36 anos, também deixou o filho de 1 ano e 3 meses por mais de cinco horas preso na cadeirinha do veículo da família, em São Paulo. A criança morreu com queimaduras de primeiro e segundo graus pelo corpo.

Carlos Alberto também justificou o esquecimento com a mudança de rotina. No dia da morte do filho, André, ele tinha invertido a rotina. Ao contrário do que fazia normalmente, levou primeiro a mulher até o Metrô para ir ao trabalho - uma academia de ginástica - e depois deixou a filha mais velha, de 9 anos, na escola. O filho, que seria deixado em seguida no berçário, acabou sendo esquecido no carro, em frente a academia onde Carlos Alberto trabalhava, em Santana, na zona norte.

Os vidros do veículo tinham película escura e isso dificultou a visualização do garoto no interior do carro - tanto para o pai como para pedestres que passavam pelo local onde o carro estava estacionado.

A criança chegou a ser levada para o Pronto Socorro do Hospital Voluntários, mas já chegou morta. No dia, fazia muito sol em São Paulo.

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