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Couto Pereira e Vila Capanema: arena conjunta para os dois clubes causa polêmica. | /
Couto Pereira e Vila Capanema: arena conjunta para os dois clubes causa polêmica.| Foto: /

O vereador de Curitiba Jorge Bernardi, ex-PDT, criou a primeira polêmica com o seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, o mesmo da ex-senadora e ex-candidata a presidente da República Marina Silva. A legenda no Paraná emitiu nota nesta quarta-feira (18) em que diz ver com “estranheza” o apoio do parlamentar à construção de uma Arena Paratiba, estádio que serviria tanto ao Paraná Clube quanto ao Coritiba. Um dos vereadores com mais mandatos na Câmara Municipal de Curitiba, Bernardi é torcedor declarado do Paraná.

“A Rede Sustentabilidade do Paraná [...] mostra estranheza em relação ao apoio dado pelo vereador de Curitiba Jorge Bernardi, filiado à Rede Sustentabilidade, a um Projeto de Arena ParaTiba que exigiria uma aplicação de R$400 milhões, a título de potencial construtivo da prefeitura de Curitiba, referente à construção de um estádio de futebol para os clubes Coritiba e Paraná Clube”., diz o texto.

O partido diz não ter nenhuma ligação com o projeto, que tem Bernardi como um dos principais entusiastas. “Informamos que a Rede Sustentabilidade desconhece o projeto e tão pouco participou de debate sobre o tema já que sempre foi crítica ao uso de dinheiro público em estádios privados e não seria diferente nesse caso. A Rede Sustentabilidade do Paraná se coloca contra o uso de dinheiro público no projeto ParaTiba, assim como vem acompanhando, de forma crítica, o desenrolar dos acontecimentos em relação aos investimentos públicos feitos na Arena da Baixada, por ocasião da Copa do Mundo”, reforça a sigla.

Projeto

Reportagem recente da Gazeta do Povo mostrou que o projeto da Arena Paratiba é o mesmo que seria utilizado para transformar o Pinheirão em estádio da Copa do Mundo no Brasil – Arena da Baixada venceu a disputa para sediar o Mundial em Curitiba.

O que é o potencial construtivo?

Se trata de uma moeda virtual da prefeitura de Curitiba. A compra de potencial construtivo dá ao proprietário de um imóvel o direito de exceder os limites de construção fixados pela legislação municipal. O dinheiro oriundo dessa venda é que bancaria a construção do novo estádio para Coritiba e Paraná.

O complexo possuiria shopping center, estacionamentos, prédios de serviços e hotel e um estádio idealizado na oportunidade para 60 mil pessoas. Somente a praça esportiva, que seria erguida sobre a estrutura do Pinheirão, custaria atualmente cerca de R$ 350 milhões.

Montante que, de acordo com Bernardi, deveria “por uma questão de justiça” ser bancado pela prefeitura de Curitiba por meio do potencial construtivo. – mesma ferramenta usada para ajudar na reforma do complexo atleticano para o torneio da Fifa. “Sou favorável [ao uso de potencial construtivo] por uma questão de justiça, de reequilibrar os clubes de futebol da cidade. Eles são bens imateriais do povo de Curitiba. Acredito que mais cedo ou mais tarde o município vai ter de compensar [Coritiba e Paraná]. E, ao meu ver, o modo mais inteligente é o potencial construtivo, uma moeda virtual que não causa prejuízo aos cofres públicos”, explicou, por telefone, o parlamentar, informando que não apresentou nem pretende apresentar nenhum projeto na Câmara que tenha como intenção liberar R$ 400 milhões em potencial para a construção do novo estádio. “Fiz apenas um discurso em relação a isso”, completou, tentando acalmar o comando da nova legenda.

“Não existe polêmica. Expliquei tudo em uma carta. O partido sempre se posicionou contra [operações do mesmo modelo], até por causa da Copa do Mundo, mas ninguém me falou nada sobre isso antes. Entrei na Rede há um mês e não posso negar o meu passado, isso não me causa nenhum transtorno”, ressaltou Bernardi.

Tanto Paraná quanto Coritiba não estão envolvidos com o projeto.

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