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“O ajuste fiscal é necessário, mas desde que penalize minimamente a população”, disse Beto Richa. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
“O ajuste fiscal é necessário, mas desde que penalize minimamente a população”, disse Beto Richa.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Mesmo com possibilidade de receber parte da nova CPMF, hipótese de alívio parcial para as contas estaduais, governadores de oposição criticaram nesta terça-feira a proposta da presidente Dilma Rousseff de recriar o imposto. “A ideia de dividir o percentual com estados e prefeitos me parece mais uma tentativa de dividir o ônus político da criação de um novo imposto, do que desejo de ajudar os administradores”, disse o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que se diz contra a volta da CPMF.

“A expectativa de arrecadação não atinge nem metade do rombo da Previdência. Não dá para penalizar o contribuinte com mais taxas - critica o governador paranaense, para quem “o ajuste fiscal é necessário, mas desde que penalize minimamente a população”, afirmou o governador do Paraná.

Recém-filiado ao PSDB, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, também criticou a medida. “Antes de aumentar impostos, cabe à União fazer sua parte. Ela tem que fazer o dever de casa, que não está fazendo: cortar ministérios e gastos”, disse o tucano.

Participante de reunião com a presidente Dilma na noite de segunda-feira, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD) também disse ser contra a volta da CPMF. “O governo precisa fazer os ajustes que está fazendo. Mas tenho compromisso com a sociedade catarinense de não apoiar o aumento de impostos, nem em âmbito estadual ou federal”, disse o governador.

Colombo reconhece que se “continuar o desajuste nas contas”, o país corre o risco de cair “na avaliação internacional de risco”, o que “agravaria a situação financeira”, em sua avaliação. “O bom senso precisa prevalecer, afinal de contas, isso influencia a vida de todos os brasileiros. Não acho que a solução seja aumentar impostos, acho que nós temos outros caminhos, como a redução de custos e outras medidas internas que podem ser feitas”, disse, sem mencionar a que medidas se referia.

Por meio da assessoria, o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que só vai se manifestar sobre a hipótese de partilha da CPMF depois que o PSDB definir uma posição oficial sobre o tema. Ele diz que pretende seguir a orientação partidária em relação ao assunto.

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