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Gaeco recolheu documentos na casa de Bibinho em Curitiba | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Gaeco recolheu documentos na casa de Bibinho em Curitiba| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Os cinco presos na Operação Argonauta devem começar a ser ouvidos a partir de hoje. O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná Abib Miguel, o Bibinho, e Edivan Bataglin permanecerão detidos em Brasília. Considerado pelo Ministério Público (MP) como mentor de um esquema de desvio de recursos na Assembleia, Bibinho foi preso na sexta-feira quando recebia uma mala com R$ 70 mil no aeroporto de Brasília. Contas bancárias e bens de Bibinho estão bloqueados numa tentativa de assegurar que o dinheiro desviado possa ser devolvido aos cofres públicos.

A Operação Argonauta foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Paraná para mostrar que, mesmo oficialmente afastado de atividades comerciais, Bibinho continuava movimentando recursos e havia montado uma rede de empresas em nome de outras pessoas – mas que, na prática, pertenciam a ele. "O dinheiro apreendido com ele demonstra o que estávamos buscando provar: que ele é o real proprietário", comenta Leonir Batisti, coordenador-geral do Gaeco. Os promotores devem passar a semana analisando a documentação que foi apreendida na casa de Bibinho. Entre os papéis encontrados estão escrituras de propriedades e documentos que ligam os suspeitos às empresas investigadas na operação.

Foram presos também dois filhos de Bibinho: Luciana de Lara Abib, 30 anos, em São Paulo, e Eduardo Miguel Abib, 32, em Curitiba. Entre os suspeitos detidos estão Edivan Bataglin, que administra uma fazenda em Goiás que pertenceria ao ex-diretor, e Sandro Bataglin, irmão de Edivan. As prisões temporárias foram determinadas pela 4.ª Vara Criminal de Curitiba e têm duração de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Grampos telefônicos, autorizados pela Justiça, revelaram as negociações do grupo e embasaram os pedidos de prisão feitos pelo MP.

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