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A inédita rejeição do Senado a uma indicação de embaixador pela Presidência, na terça-feiura (19), está ligada ao jogo político entre PT e PSDB e às críticas à ideologização da diplomacia brasileira. Além do PSDB e do DEM, os partidos que formam o grupo União e Força (PTB, PR e PSC) fecharam questão contra a escolha de Guilherme Patriota, irmão do ex-ministro de Relações Exteriores Antonio Patriota, para a representação do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA). Ao todo, as legendas foram responsáveis por 25 dos 38 votos contrários – ele recebeu 37 votos a favor.

“Pesou muito a postura dele na sabatina feita pela Comissão de Relações Exteriores”, avaliou o paranaense Alvaro Dias (PSDB). “Ao fazer loas ao bolivarianismo e defender Marco Aurélio Garcia [assessor da Presidência responsável pelo diálogo com países da América Latina], ele acabou se queimando.”

O desfecho da situação ainda está sendo avaliado pelo Itamaraty. São remotas as chances de ele ser reapresentado para o cargo, por receio do governo de uma nova rejeição. Assim, a representação continua apenas com um encarregado de negócios – situação mantida há quatro anos. Em 2011, o embaixador Ruy Casaes foi retirado do posto como retaliação sobre uma decisão da OEA de exigir a paralisação nas obras da hidrelétrica de Belo Monte.

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