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Uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, com o objetivo de discutir o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, na tarde desta quinta-feira (11), virou um embate entre o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), defensor da ditadura militar; e participantes da sessão, como familiares de mortos e desaparecidos e ex-presos políticos.

Único deputado presente, Bolsonaro anunciou que apresentou um projeto de lei para criar uma nova comissão da verdade, desta vez para investigar supostos crimes cometidos pela esquerda. Em um dos momentos que provocou maior polêmica em sua intervenção, ele disse que o estupro era uma prática constante na Guerrilha do Araguaia para "saciar seus comandantes". Neste momento, uma participante da audiência pública gritou: "Cala a boca, cretino!"

Tirando alguns gritos para que ele calasse a boca e a saída do plenário de alguns participantes, em protesto, Bolsonaro concluiu sua intervenção sem maiores sobressaltos. Ao final, ele ironizou a "urbanidade" dos presentes: "Quero cumprimentar a urbanidade da comissão. Desta vez torturei alguns, mas não ouvi o gemido de ninguém."

Quatro partidos - PT, PC do B, PSB e PSOL - ingressaram esta semana com uma representação no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação de Bolsonaro. Na última terça-feira, em discurso no plenário da Câmara, Bolsonaro disse que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque "ela não merece". Em evento do PT, na noite de ontem, Maria do Rosário foi aplaudida de pé pelos militantes petistas.

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