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São Paulo (Folhapress) – Uma bomba caseira explodiu na Rua 25 de Março, no centro da cidade de São Paulo, por volta das 16 horas de ontem, ferindo ao menos 16 pessoas. Uma mulher sofreu traumatismo craniano e foi internada em estado grave.

No momento da explosão ao menos 100 mil pessoas circulavam pela rua, uma das principais áreas comerciais da cidade, conhecida pelos preços baixos e por ser um paraíso da ilegalidade e do contrabando. Durante todo o dia, cerca de 800 mil pessoas passaram pela região, segundo a Univinco (União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências).

Com o deslocamento de ar provocado pela explosão, uma das vítimas foi arremessada da calçada. Os feridos foram levados aos prontos-socorros da Santa Casa e do Hospital do Servidor Público Municipal, onde permaneciam em observação.

Até o início da noite de ontem, a polícia ainda não sabia quem havia "plantado’’ a bomba caseira – um extintor de incêndio pequeno cheio de pregos – dentro de uma lixeira na 25 de março.

Designado pelo prefeito José Serra (PSDB) para acompanhar o caso, o subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, trabalhava com a hipótese de o crime ter sido praticado como uma forma de retaliação à fiscalização antipirataria, que se tornou mais freqüente na região no último mês. Diversas lojas foram fechados em blitze e barracas de camelôs apreendidas.

O inspetor da Guarda Civil Metropolitana), José Aparecido César, disse que a bomba explodiu perto dos guardas que faziam a fiscalização dos ambulantes. Mas, segundo Matarazzo, no momento da explosão não estava havendo nenhum tipo de confronto com os camelôs.

"Vi uma mulher voando’’, relata o ambulante Flávio, 23 anos, que estava próximo ao local da explosão. "Ela ficou toda ensangüentada."

Outra ferida foi a garçonete Mona Lisa Fagundes do Nascimento, 21. Ela mora no Guarujá (litoral paulista) e estava no local para fazer compras. "Estávamos andando na calçada e, de repente, caímos com a explosão’’, relata o namorado dela, Marcílio Rozeno da Silva, 25, que ficou com a roupa cheia de sangue. "Quando olhei para o lado, vi que ela estava desmaiada, com sangue escorrendo pelo nariz.’’

Mona Lisa foi encaminhada para um hospital da região. Ela chegou consciente, afirmando que estava sentindo dor de cabeça.

Comerciantes da região relataram que o chão estremeceu e compararam o barulho à explosão de um botijão de gás de cozinha. No momento do incidente, o local estava repleto de compradores.

O impacto foi sentido na avenida Senador Queirós, a cerca de 500 m da lixeira.

Na hora do incidente havia correria devido à fiscalização da Guarda Civil Metropolitana, segundo o relato de vendedores ambulantes. Com a explosão, o corre-corre aumentou.

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