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Depois de enfim conseguir assumir o mandato no lugar de João Capiberibe (PSB-AP), acusado de compra de votos, o senador Gilvan Borges (PMDB-AP) disse nesta quarta-feira que só ganhou na Justiça o processo movido contra Capiberibe porque as provas eram muito fortes. Calçando sandálias trançadas e de cor preta, como é seu costume desde que exerceu outro mandato de senador nos anos 90, Gilvan participou da sessão solene em homenagem ao jornalista Wladimir Herzog.

O senador disse que faz "política de resultados" e que nos cinco anos e três meses que lhe restam do mandato dará prioridade aos trabalhos na Comissão Mista de Orçamento, captando recursos públicos para destinar as obras e programas das prefeituras do Amapá. Gilvan disse ainda que o processo contra Capiberibe demorou dois anos e oito meses para ser julgado e que isso ocorreu porque ele tinha o apoio do governo Lula e dos partidos de esquerda.

- Fiz 0,9% de votos a menos. Apresentamos duas testemunhas de compra de voto mas em seu comitê foram apreendidos dinheiro e uma lista de cinco mil eleitores com o número do título de cada um. Só ganhei na Justiça porque as provas eram muito fortes, pois a pressão política para que ele ficasse foi violenta - disse Borges, lembrando a sessão de terça-feira, quando senadores de todos os partidos, inclusive o seu, o PMDB, defenderam mais tempo para Capiberibe se defender na Casa.

Autor de um projeto polêmico em seu mandato anterior no Senado, Borges disse que não pretende reapresentar sua proposta de realizar um plebiscito no Amapá para decidir se o Brasil deveria anexar ou não a Guiana Francesa ao território nacional.

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