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Deputado Paulo Bornhausen (esq.) e o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo | Divulgação /Agência Câmara, Governo de SC
Deputado Paulo Bornhausen (esq.) e o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo| Foto: Divulgação /Agência Câmara, Governo de SC

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o vice-presidente nacional do DEM, deputado federal Paulo Bornhausen, anunciaram nesta segunda (2) que vão deixar o DEM e migrar para o PSD, partido que está sendo criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Segundo Bornhausen, a decisão foi tomada na noite de domingo, após uma reunião que contou com a presença de Kassab. Colombo e Bornhausen ainda não têm data para entregar a carta de desfiliação do DEM. O deputado está atualmente licenciado da Câmara porque exerce o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Santa Catarina.

O governador Colombo será o responsável por informar ao presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN) sobre a saída dos dois. Além do governador e do deputado, também devem sair do DEM outros dois deputados federais e sete estaduais de Santa Catarina.

O ex-senador Jorge Bornhausen, pai de Paulo Bornhausen e uma das principais lideranças do DEM, também vai deixar o partido, segundo informou o filho, mas não deve se filiar de imediato ao PSD.

"A decisão foi tomada no domingo,muito tarde da noite. Este assunto já está encerrado. Agora, vamos trabalhar para formar o novo partido. O DEM ficou sem futuro. Eu estou com 47 anos e não tinha nenhum futuro político no DEM. Nossa liderança é o Kassab. O DEM ficou sem líder", disse Paulo Bornhausen.

A assessoria de imprensa do governo de Santa Catarina confirmou que, nos próximos dias, o governador deve começar a trabalhar para a formação do novo partido no estado.

Segundo Bornhausen, o PSD será um partido "independente", sem ser classificado como de oposição ou de situação.

"Vamos percorrer o estado em busca de apoios. Não estou mudando de posição, não estou mudando de lado. Vou seguir minhas posições, mas o que for bom para o Brasil, vamos apoiar", disse Bornhausen.

Presidente do DEM pede explicaçãoO presidente nacional do DEM, José Agripino (RN), admitiu que a saída das lideranças de Santa Catarina serão sentidas pelo partido, mas afirmou que o DEM não deixará de existir.

Agripino disse que os políticos catarinenses precisam "se explicar" aos eleitores, uma vez que foi no estado que, durante a campanha para a Presidência no ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que era preciso "extirpar o DEM" da política brasileira.

"Eles, que moram no estado onde o Lula falou que precisa extirpar o DEM, é que precisam se explicar. Nosso partido não está acabando. O DEM está inteiro. Claro que não subestimamos a saída de ninguém, e eles fazem falta. Mas a saída deles não é nada que cause dificuldade para que o DEM siga no caminho da mudança", afirmou Agripino.

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