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O Brasil está preparado para produzir medicamentos anti-retrovirais, usados no tratamento de pessoas infectadas pelo vírus HIV, caso ocorra quebra de patente destes medicamentos no futuro. A opinião é consenso entre os participantes de um seminário que reuniu nesta terça-feira, em Brasília, representantes do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, de laboratórios e indústrias farmacêuticas e de organizações da sociedade civil para debater a capacidade da indústria nacional nessa área.

- Temos todas as condições, não só tecnológicas, mas em termos de infra-estrutura física, para produzir os farmoquímicos demandados pelo governo - afirmou Nicolau Pires, diretor superintendente do laboratório Nortec Química.

De acordo com a advogada da organização não-governamental Grupo Pela Vida, Karina Grou, a capacidade da indústria brasileira é um tema que levanta questionamento sempre que se discute a quebra de patentes. Diante disso, a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia) realizou um levantamento que, segundo ela, confirma a afirmação de Nicolau Pires.

- É importante ter noção da real capacidade da produção nacional, para que possamos ter caminhos claros no sentido de garantir ao país maior autonomia e menor custo na aquisição de medicamentos e insumos usados no tratamento da Aids - disse a diretora adjunta do Programa Nacional de DST/Aids, Mariângela Simões. - Isso pode ocorrer desde a melhoria da capacidade de produção nacional até a negociação de preços.

Segundo Mariângela, atualmente o Brasil produz com qualidade oito medicamentos usados no tratamento da doença.

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