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São Paulo - O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, defendeu nesta segunda-feira a criação de um plano sul-americano de combate às drogas e disse que sua pasta tem feito gestões junto a autoridades de países da região neste sentido.

'A América do Sul sofre com problemas de tráfico de drogas e tráfico de armas. A América do Sul em conjunto deve buscar soluções para esses problemas. A melhor forma de fazer isso é com cooperação', disse Barreto durante entrevista coletiva ao lado do ministro de Governo da Bolívia, Sacha Llorenty.

Durante encontro, Barreto e Llorenty discutiram a cooperação bilateral. Entre os pontos debatidos na reunião está uma cooperação tripartite no combate às drogas que incluiria também o Peru, outro país que faz fronteira com o Brasil.

'Nós temos que realizar talvez operações conjuntas, tripartites, naquela região entre os três países, a fim de lograrmos um êxito maior para que esse combate signifique uma redução do tráfico do lado boliviano e brasileiro da fronteira sem que nos esqueçamos do Peru, que também sofre do mesmo tipo de problema', disse Barreto.

O ministro acrescentou já ter discutido a ideia de um plano sul-americano de combate ao narcotráfico com autoridades de Argentina, Paraguai e Uruguai. 'O objetivo é uma cooperação ampla a fim de que tenhamos um plano para toda a América do Sul de combate ao crime organizado, especialmente ao narcotráfico', disse ele.

'Acho que chegou a hora de um plano sul-americano de combate às drogas, um plano integrado.'

O ministro foi questionado sobre a situação no Rio de Janeiro, onde a polícia, com o apoio das Forças Armadas, ocupou a favela Vila Cruzeiro e o Morro do Alemão, redutos da facção criminosa acusada de promover ataques contra ônibus e carros na cidade.

Barreto avaliou que o trabalho da polícia fluminense tem sido bem feito e reiterou a disposição do governo federal de ajudar o Estado no que for necessário.

Além de disponibilizar policiais federais e intensificar o trabalho da Polícia Rodoviária Federal, o Ministério da Justiça também ofereceu vagas no sistema prisional federal para os detidos nas operações contra o tráfico no Rio.

Segundo a pasta, 20 acusados de participação nos ataques realizados na cidade foram enviados para o presídio federal em Catanduvas, no Paraná. O ministério disponibilizou 50 vagas em presídios federais para o Rio de Janeiro.

Além disso, 13 detentos oriundos do Estado foram transferidos de Catanduvas para o presídio federal de Porto Velho, entre eles alguns dos principais chefes do narcotráfico no Rio de Janeiro.

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