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Lula com Pizzolato, em 1990, ano em que o agora condenado no processo do mensalão concorreu ao governo do Paraná. | /
Lula com Pizzolato, em 1990, ano em que o agora condenado no processo do mensalão concorreu ao governo do Paraná.| Foto: /

A Justiça italiana confirmou nesta quarta-feira que Henrique Pizzolato estará à disposição das autoridades brasileiras a partir do dia 15 de junho. A partir daí, o governo brasileiro terá 20 dias para preparar o retorno do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil condenado no mensalão ao Brasil para cumprir pena no Presídio da Papuda, em Brasília. De acordo com o chefe da Cooperação Internacional da Procuradoria-Geral da República, Vladimir Aras, a missão da Polícia Federal vai estar na Itália para buscá-lo nesta data. A informação foi confirmada ao GLOBO pelo representante do Ministério da Justiça da Itália, Giuseppe Alvenzio.

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“Se não houver nenhuma liminar do Conselho de Estado até essa data, ele será extraditado no dia 15 de junho. Tudo saiu como previsto em nosso acordo”, disse Aras.

No último dia 4 de junho, o Tribunal Administrativo Regional do Lazio negou o recurso da defesa de Pizzolato, que tentava impedir a extradição do mensaleiro. Com a decisão, o petista condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão pode ser extraditado para o Brasil, onde cumprirá pena no Presídio da Papuda.

A defesa de Pizzolato já anunciou que irá recorrer da decisão ao Conselho de Estado, que deve receber a contestação, mas não analisar o mérito, pois o órgão está baixo do Tribunal Administrativo Regional. Caso o conselho acolha o recurso do ex-diretor do Banco do Brasil, o advogado informou que entrará com novo recurso.

Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. A pena imposta foi de 12 anos e sete meses de prisão. Antes de o mandado de prisão ser executado, Pizzolato fugiu para a Itália com o passaporte de seu irmão gêmeo, já morto.

Maio

O primeiro parecer favorável ao pedido de extradição do governo brasileiro de Pizzolato foi dado no dia 24 de abril pelo ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando. Marcada para o dia 11 de maio, a extradição foi suspensa devido ao recurso apresentado pelos advogados do ex-diretor, no dia 6 do mesmo mês. Os defensores apresentaram o recurso ao Tribunal Administrativo Regional – TAR – de Roma.

O ex-diretor do BB foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ele autorizou o repasse de R$ 73,8 milhões do Banco do Brasil, em 2003 e 2004, do fundo Visanet, à DNA, agência de publicidade do empresário Marcos Valério, por meio de contrato. De acordo com o STF, o dinheiro foi repassado a políticos.

Pizzolato, que teria recebido R$ 336 mil do esquema, fugiu em 2013 do Brasil com um passaporte italiano falso no nome do irmão, Celso, morto em 1978. O ex-diretor foi preso em Maranello, no Norte da Itália, em 5 de fevereiro do ano passado. Cidadão italiano, ficou preso de fevereiro à outubro de 2014 na prisão Sant’Anna di Modena, na cidade italiana de Modena. Solto após decisão da Corte de Apelação de Bolonha, voltou a ser preso em fevereiro deste ano.

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