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Médicos brasileiros conseguiram bons resultados em cirurgias de pacientes que sofreram o rompimento de nervos em acidentes. A chave do sucesso são as células-tronco.

Há seis meses, mesmo pequenas tarefas eram impossíveis para a professora Sueli Borges. Ao levar um tiro, durante um assalto, ela perdeu parte do nervo da mão.

- Não conseguia pegar pesos pequenos, de dois quilos não conseguia pegar. Praticamente meia mão estava comprometida. O polegar caído, um dedo rígido e um aparte insensível - lembra Sueli.

Em novembro, Sueli foi submetida a uma terapia nova com células-tronco. O novo método, considerado inédito, foi desenvolvido após mais de três anos de pesquisas pelo Laboratório de Cirurgia Experimental da PUC do Rio Grande do Sul. Cerca de 100 pacientes que tiveram rompimentos em nervos dos braços ou das pernas já foram submetidos à cirurgia com células tronco.

O método funciona assim: um tubo de silicone é usado para ligar as duas extremidades do nervo rompido. Dentro dele são injetadas as células-tronco retiradas da medula do próprio paciente. As células reconstroem o tecido, ligando as duas extremidades.

O médico responsável pela pesquisa explica que a célula-tronco tem a capacidade de se transformar em qualquer tecido do corpo humano.

-Se eu coloco isso dentro do cérebro se transforma em tecido nervoso cerebral, dentro do coração em coração. Dentro de um tubo com nervo nas pontas a gente espera que se transforme em nervo - explica Jefferson Braga da Silva, coordenador da pesquisa.

Dois meses depois da cirurgia, Sueli recuperou a mobilidade na mão.

- Eu consigo levantar e pegar. Esses movimentos eram impossíveis e agora já não - descreve Sueli.

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