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Um dos torcedores gravemente feridos, na noite desta quinta-feira, na briga entre integrantes de torcidas organizadas, que deixou um morto, recebeu alta do Hospital Salgado Filho, no Méier, na manhã desta sexta-feira. Diferentemente do que havia sido informado, o tricolor Max Leonardo Monteiro, de 30 anos, foi espancado, e não alvejado. Ele teve várias lesões no rosto.

O vascaíno Guilherme Batista Neves, de 17, foi baleado no abdômen e permanece sob observação.

O corpo do botafoguense Vinícius José Ribeiro da Fonseca, morto durante a briga, será sepultado, às 16h, no Cemitério de Irajá. Seu pai esteve no Instituto Médico Legal nesta sexta-feira para liberar o corpo.

A briga envolvendo torcedores do Botafogo e Vasco contra integrantes da Young Flu aconteceu na Rua Marques de Leão, no Engenho Novo, próximo à sede da torcida tricolor, pouco antes da partida entre Botafogo e Fluminense pela Copa Sul-Americana. Dois carros ficaram completamente destruídos no confronto.

A divisão de homicídios da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que investiga a briga, irá ouvir os dirigentes das torcidas organizadas envolvidas no conflito a partir de segunda-feira.

Segundo reportagem do Jornal Hoje, os diretores e presidentes da Young Flu e da Fúria Jovem já foram identificados.

A briga foi convocada pelo site de relacionamentos Orkut, por meio do qual torcedores do botafogo marcaram uma "invasão ao Méier", reduto tricolor, antes do jogo entre os dois times pela Copa Sulamericana.

Torcedores do Fluminense deixavam a sede da Young Flu para ir ao Maracanã quando foram surpreendidos por integrantes da torcida Fúria Jovem do Botafogo que chegaram ao local em pelo menos três ônibus.

Em um dos telefones da torcida do Botafogo, o recado anunciava um conflito. "Aproveitando a oportunidade para convocar ‘geral’ da Fúria Jovem, ‘mané’, pra gente partir pro jogo pra pegar os "alemão" da Young Flu, né?", diz a mensagem.

Segundo a polícia, Max Monteiro, um dos feridos, tem várias anotações em sua ficha criminal. Na delegacia, torcedores do Botafogo disseram que foram atacados antes, quando passavam de ônibus. Um carro foi totalmente queimado durante o confronto. Segundo testemunhas, ele era ocupado por dois torcedores do Fluminense. O veículo, no entanto, pertencia a uma advogada e tinha sido roubado pouco antes.

— Eles já subiram a rua gritando e jogando morteiros. Depois de atacar os tricolores, avançaram sobre os moradores que estavam fazendo um churrasco num bar da esquina. Incendiaram o corsa que estava passando e partiram para cima do meu carro. Depois de apedrejarem e picharem o carro, arrancaram o pé da churrasqueira e cravaram no vidro traseiro — disse Fábio Blois, dono de um Apolo que foi totalmente destruído.

Comandante do Grupamento Especial de Proteção a Estádios (Gepe), o major Marcelo Pessoa disse que todo o material das torcidas foi aprendido antes do jogo em busca de pistas que levem aos responsáveis pela agressão.

- As torcidas vão sofrer sanções, de agora em diante não serão tratadas como torcidas organizadas, pois quem comete um ato desses não é torcida, é facção criminosa e vão ser tratadas como merecem, como bandidos. - disse o major.

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