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O ambulante Deberson Damasceno espera pelo menos acabar com o estoque da Copa do Mundo. | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
O ambulante Deberson Damasceno espera pelo menos acabar com o estoque da Copa do Mundo.| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

O comércio de rua está aproveitando os protestos deste domingo (13) para lucrar. Na frente do Congresso Nacional, por exemplo, há duas lojinhas montadas sob tendas. As “butiques do impeachment” vendem camisetas com fotos de personagens como o juiz federal Sérgio Moro e até do deputado federal de direita Jair Bolsonaro (PSC-RJ). As camisas são vendidas a R$ 30 (uma) ou R$ 50 (duas). Em duas horas, entre 20 e 30 camisetas foram vendidas numa das lojas.

Mas as maiores atrações entre os “souvenirs” são os bonecos infláveis “Pixuleco”, em alusão ao ex-presidente Lula, e “Bandilma”, com a presidente Dilma com a camisa listrada de presidiário. Na segunda “loja” em frente ao Congresso, máscaras do juiz Sérgio Moro são distribuídas gratuitamente, assim como imitações de cédulas de R$ 50 e R$ 100 com as fotos de Dilma e Lula. Um dos vendedores diz que a procura por artigos contra o governo “explodiu” depois que Lula foi depor na Polícia Federal, em Congonhas.

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Seleção

Na orla de Copacabana e no Centro de Curitiba, mesmo antes do início das manifestações já havia opções de camisas da seleção brasileira, vendidas por cerca de R$ 25. Bandeiras do Brasil de pano tinham preço a partir de R$ 15.

Vendas em baixa

Apesar da movimentação crescente próximo à Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, o comércio de produtos relacionados aos protestos ainda era bem fraco no início da tarde e muitos comerciantes já se decepcionam com as vendas. “O movimento está bem baixo. Esperava conseguir tirar uns R$ 500, mas acho bem difícil”, conta o ambulante Deberson Damasceno.

Presente nos protestos do ano passado, o vendedor Otávio Augusto credita ao tempo fechado na capital o desempenho aquém do esperado. “Nas outras manifestações, já tinha bastante gente por aqui antes das 11h. Desta vez, parece que o pessoal não quis sair no frio”, conta. “No primeiro protesto, consegui vender R$ 2 mil, mas as vendas caíram bastante depois. A de hoje está bem desanimadora”.

Eleitor do PT, Augusto diz não ser nem a favor e nem contra as reivindicações dos manifestantes. “As coisas não estão nada boas, mas ela foi eleita pelo povo. E agora o povo quer tirar, mas para colocar quem? O Tiririca?”, brinca.

No entanto, mesmo com o comércio fraco, os vendedores não esperam prejuízo, já que boa parte dos produtos à venda são camisetas e bandeiras encalhadas da Copa do Mundo, em 2014. “O que vier é lucro”, aponta Damasceno.

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