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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a lhe prometer hoje que vetaria a emenda que altera a distribuição de royalties do petróleo em áreas já licitadas, aprovada nesta madrugada pelo Senado. Cabral disse ter conversado com Lula pelo telefone no final da manhã de hoje.

Cabral calculou em R$ 7,5 bilhões anuais as perdas de receita do estado e dos 87 municípios fluminenses que recebem recursos da indústria do petróleo. "Espero que o presidente vete. Esse projeto é um absurdo total. É uma covardia, uma demagogia contra o povo do Rio", reagiu Cabral.

O governador anunciou que, com a aprovação da emenda, vai suspender 14 das 15 propostas de reajuste salarial para servidores estaduais que havia enviado para a Assembleia Legislativa recentemente. Ele disse que só manterá a previsão de reajuste de 10% para policiais.

Cabral anunciou também que não comparecerá à convenção nacional do PMDB que vai confirmar a coligação do partido com o PT em torno da candidatura de Dilma Rousseff. Os autores da emenda que altera a distribuição dos royalties, deputado Ibsen Pinheiro e senador Pedro Simon, são parlamentares do PMDB gaúcho.

Cabral cogitou questionar a constitucionalidade da medida no Supremo Tribunal Federal (STF), mas disse que o recurso só poderá ser usado após a tramitação final da emenda, em caso de derrubada do provável veto do presidente Lula. O governador fluminense criticou a contaminação do debate sobre os royalties pelo ambiente eleitoral. "Quem acha que vai ganhar voto com esse tipo de atitude está equivocado, pois o povo do Brasil não cai mais nessa".

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