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Fabricante dos caças F-18 Super Hornet, que disputam a concorrência FX-2 para fornecer os novos caças de ataque da Força Aérea Brasileira (FAB), a Boeing Company, dos EUA, confirmou nesta terça-feira (9) que se ofereceu ao governo do Brasil para pagar uma multa pelo não-cumprimento de eventuais obrigações contratuais.

A empresa ressaltou, porém, que o oferecimento foi feito apenas como "demonstração de confiança", não por incerteza do cumprimento de qualquer item que venha a ser contratado. Em nota a empresa afirmou ainda não acreditar que a FAB vá pedir a penalidade e fez um breve histórico de sua atuação na transferência de tecnologia. O maior temor do País é que, no futuro, o governo ou o Congresso americano vetem a cessão de itens tecnológicos aos brasileiros.

"A Boeing tem um registro excelente em seus programas de transferência de tecnologia no mundo. Já completamos mais de R$ 60 bilhões em programas de participação industrial, todos cumpridos integralmente antes ou dentro do prazo estipulado. É este histórico que faz a Boeing confiante de que executaremos todas as obrigações de transferência de tecnologia que fizemos no Brasil como parte da concorrência pelo programa FX-2. A Boeing não acredita que a FAB irá requerer uma penalidade financeira para obrigações não satisfeitas. No entanto, ofereceu a penalidade como demonstração de confiança, e não por incerteza do não cumprimento de qualquer obrigação", diz o texto.

A nota foi uma reação a declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na última sexta-feira, ele afirmou que a empresa oferecera, por carta, um seguro de 5% do valor da tecnologia a ser transferida (caso não ocorra a transferência) e disse que a oferta gerara no governo a percepção de que nem a Boeing tinha segurança sobre a possibilidade de transferência. Os americanos disputam a concorrência, de US$ 10 bilhões, contra o Rafale-C, da francesa Dassault - que tem a preferência do governo - e contra o Grippen NG, da sueca Saab.

Os EUA iniciaram recentemente uma ofensiva para tentar vencer a concorrência. O porta-aviões USS Carl Vinson, com Super Hornets a bordo, esteve no Rio. E vieram ao País autoridades americanas, como a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o secretário de Comércio, Gary Locke.

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