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O ex-presidente Lula, com militares, ao participar de palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio | Ide Gomes/ Frame/ Agência Estado
O ex-presidente Lula, com militares, ao participar de palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio| Foto: Ide Gomes/ Frame/ Agência Estado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (29), durante visita ao Rio, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que, em entrevista publicada na última segunda (25) pelo jornal "Folha de S.Paulo", disse que votou em José Serra (PSDB) em 2010 - a atual presidente, Dilma Rousseff (PT), ganhou a eleição. Segundo Lula, o voto é "uma coisa sagrada" e "cada pessoa vota do jeito que quer".

Jobim também ocupou o Ministério da Defesa na administração de Lula, que disse tê-lo convidado para integrar o governo pelas suas qualidades e "competência".

"Eu nunca me preocupei em perguntar aos meus amigos em quem eles votam. Voto é uma coisa sagrada, é secreto. Cada pessoa vota do jeito que quer. Ele não foi convidado pelo meu governo pelo voto dele, mas pelo que ele poderia fazer pelo Ministério da Defesa", disse Lula a jornalistas após participar de uma palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro.

Jobim também participou do evento, mas não acompanhou a declaração do ex-presidente.

"Um homem da qualidade do Jobim, da competência do Jobim, era o único que eu via em condições de construir o Ministério da Defesa, de aprovar o Plano Estratégico de Defesa, e acho que isso foi feito", disse.

Segundo informou o blog de Cristiana Lôbo, a presidente Dilma Rousseff não gostou da declaração do ministro.

Na última terça (26), em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer, disse que Jobim "é um homem muito franco. Ele disse algo que é verdade. Já havia dito à presidenta Dilma isso."

Para Temer, que é presidente licenciado do PMDB, partido de Jobim, a opção do ministro não irá abalar sua reputação. "É um quadro muito valioso no PMDB e faz um trabalho excelente no Ministério da Defesa. A franqueza dele não altera sua posição no governo."

Candidatura

O ex-presidente afirmou que só uma hipótese de a presidente Dilma Rousseff não disputar a eleição em 2014 - se ela não quiser. Ele negou a possibilidade de vir a ser o candidato do PT. "Já cumpri minha tarefa", declarou.

Para Lula, a política é uma "doença que a gente gosta". "Eu vou dizer uma coisa de forma categórica: o Brasil tem uma candidata em 2014 chamada Dilma. Ela é presidente do país, vai fazer um governo extraordinário. E só há uma hipótese de ela não ser candidata. É ela não querer."

Em entrevista ao jornal espanhol "El País", o tucano José Serra afirmou que era muito grande a probabilidade de Lula vir a ser candidato em 2014. "O Serra tá muito mais preocupado se ele é candidato ou não do que eu. Ele se incomode com ele, e comigo pode deixar que eu tomo as minhas decisões. Quem foi presidente, como eu fui presidente, já cumpri minha tarefa neste país", disse.

Eleição em SP

O ex-presidente classificou como positiva a quantidade de postulantes do PT à Prefeitura de São Paulo em 2012, entre os quais o ministro da Educação, Fernando Haddad, a senadora Marta Suplicy e o ministro Aloizio Mercadante.

"Sao Paulo tem um bom problema: excesso de candidatos. Acho que isso é bom, vamos indicar quem tiver mais condições", declarou Lula, que já disse não ser contrário à realização de prévias no partido.

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