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Vital do Rêgo, senador | Moreira Mariz/Ag. Senado
Vital do Rêgo, senador| Foto: Moreira Mariz/Ag. Senado
  • Alvaro Dias, senador

Sem entusiasmo e diante da falta de candidatos, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB, foto ao lado) deve aceitar na segunda-feira a tarefa de presidir o Conselho de Ética do Senado, pressionado pelo líder do seu partido, Renan Calheiros (AL). O cargo, que é da cota do PMDB, está vago. A situação trava a análise do pedido de abertura de processo, por quebra de decoro, contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), feito pelo PSol. Assim como os demais peemedebistas, Vital, que é corregedor do Senado, resiste em assumir a tarefa, considerada espinhosa. Na tentativa de convencê-lo, a cúpula da legenda argumenta que ele agirá como magistrado e terá apenas que seguir o regimento da Casa. O juízo de valor, ou seja, a decisão de pedir ou não a cassação de Demóstenes, é tarefa do relator, que só será escolhido posteriormente por sorteio ou acordo político. Mas não é bem assim, porque o primeiro passo cabe ao presidente do conselho: a ele fica a tarefa de fazer o exame preliminar da representação do PSol, determinando sua admissão ou arquivamento.

Aliás...

O Senado ainda vê com cautela a criação da CPI da Câmara dos Deputados para investigar os negócios do empresário Carlos Augusto Ramos, Carlinhos Cachoeira, e que envolvem Demóstenes Torres. A postura de senadores da base aliada e da oposição é aguardar a instalação dos trabalhos do Conselho de Ética do Senado. Na Câmara, por outro lado, a chance de instalar a CPI é de 9, numa escala de 0 a 10, disse o presidente da Casa, Marco Maia (PT-SP).

Corrida eleitoral

O chefe da Casa Civil Durval Amaral (DEM) se reuniu durante a semana que passou com as bancadas do PSDB e do PMDB na Assembleia Legislativa. O objetivo do encontro era pedir votos aos deputados para garantir sua vaga no Tribunal de Contas. Candidato do governador Beto Richa (PSDB), Durval deve ocupar a cadeira do conselheiro Heinz Herwig, que se aposenta no mês que vem.

Viagem

A presidente Dilma Rousseff (PT) viaja neste domingo para os Estados Unidos, retribuindo a visita oficial do presidente norte-americano, Barack Obama, há um ano ao Brasil. Na segunda e terça-feira, Dilma estará em Washington e Boston. Ela retorna ao Brasil no dia 11. Em discussão, a crise econômica internacional, a Conferência Rio+20 e o programa Ciência sem Fronteiras.

Em alta - Presidente Dilma Rousseff (PT)

Apesar de enfrentar resistência de aliados no Congresso, a petista alcançou 77% de aprovação pessoal em março deste ano, segundo a pesquisa CNI/Ibope. O número é superior aos de seus dois antecessores. Fernando Henrique Cardoso (PSDB) contava com 33% de apoio no início do mandato, enquanto Lula (PT) tinha 73%.

Em baixa - Senador Demóstenes Torres (sem partido-GO)

Há um mês, 44 senadores se revezavam na tribuna do plenário para defendê-lo das acusações de envolvimento nos negócios do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Hoje, Demóstenes está isolado e sem partido. Colegas cogitam, inclusive, abrir uma CPI para investigar o caso.

Pinga-fogo

"A impressão que tenho é que os pesquisados estão debochando dos pesquisadores."

Senador Alvaro Dias (PSDB-PR, foto quadro), no Twitter, ironizando o resultado da pesquisa CNI/Ibope, que deu 77% de aprovação a presidente Dilma Rousseff (PT).

Colaboraram: Euclides Lucas Garcia e Vinicius Boreki.

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