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A Corregedoria da Câmara dos Vereadores de Curitiba inicia nesta quarta-feira (2) um procedimento interno que deve pôr fim à briga entre Aldemir Manfron (PP) e Mauro Ignacio (PSB). Os dois vereadores discutiram no fim de 2013, durante a última sessão plenária do ano. Manfron teria xingado Ignacio, que se sentiu ofendido e apontou quebra do decoro parlamentar do colega. O resultado da análise do caso deve sair até o fim da próxima semana.

Em 18 de dezembro, Ignacio compareceu à Câmara, registrou presença e, em seguida, ausentou-se para participar de uma inauguração no bairro Butiatuvinha. Quanto retornou à Câmara, ainda pela manhã, Manfron e ele discutiram, já que o bairro é base eleitoral de ambos o parlamentares. A discussão foi ríspida e obrigou a interrupção da sessão.

Corregedora da Câmara, a vereadora Noemia Rocha (PMDB) prevê que o procedimento se estenda a próxima semana. Ela disse que demorou para dar prosseguimento ao caso, protocolado há três semanas, porque tentou uma conciliação entre os dois vereadores. Depois de conversas entre as partes, no entanto, não houve acordo, e Ignacio resolveu ir até o fim com de acusação de quebra de decoro.

"Estava tentando articular uma reunião com ele [Mandron], até para arquivar esse processo, antes de dar encaminhamento. Tentei convencer os dois, mas não deu certo. Hoje [quarta] abro a sindicância solicitando provas materiais ao vereador Ignácio. Ele tem três dias para providenciar. Depois vou solicitar ao vereador Manfron a defesa. São mais três dias úteis para a entrega. Depois, o tempo para que eu dê o parecer é indeterminado, mas não quero demorar", disse Noêmia Rocha.

Manfron x Ignacio

Aldemir Manfron disse à reportagem que não deve nada e que está tranquilo em relação ao procedimento na Corregedoria. "Ninguém me deve nada, está tudo certo para mim. Houve uma discussão no fim do ano, me senti lesado, fiquei bravo na hora, como qualquer pessoa. Me senti injustiçado. Ele cuida da vida dele, e eu cuido da minha", disse o parlamentar.

Já Mauro Ignacio disse que tinha autorização para representar a Câmara no evento. "Eu tinha uma credencial da Casa". "Eu fui o ofendido e já que não há reparação por parte dele. Então, que a corregedoria avalie qual é a medida necessária."

Possibilidades de punição

O resultado do procedimento da corregedoria pode resultar em três tipo de penalidades: punição verbal, punição pública e encaminhamento do caso à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Caso a pena seja enquadrada no primeiro caso, a presidência da Câmara lerá em plenário uma espécie de carta de repúdio ao vereador. No segundo caso, a própria corregedora fará a repreensão em plenário. No último caso, a ação será encaminhada à Comissão de Ética, que analisaria e deliberaria sobre as penas ao parlamentar.

Noemia praticamente descartou que o fato termine na Comissão de Ética. "Tem assuntos muito mais relevantes do que esse. Mas houve uma ação grave, que, no entendimento do vereador Mauro, é quebra de decoro. E, no nosso entendimento, não deixa de ser, mas estamos dialogando com os dois para chegar a uma conclusão e evitar um desgaste desnecessário da Câmara."

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