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Uma semana depois da dupla absolvição de Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP), a Câmara vota nesta quarta-feira o pedido de cassação do mandato do presidente do PP, deputado Pedro Corrêa (PE), e o processo pela absolvição do ex-líder do partido Pedro Henry (MT). Como o processo em relação a Henry será votado antes e o plenário deve acompanhar a decisão do Conselho, a situação de Corrêa fica muito complicada.

Condenado por 11 votos contra três no Conselho, Pedro Corrêa dissera que o julgamento no plenário seria diferente, pois ali ele tem muitos amigos e os deputados não seriam patrulhados pelo voto aberto. As chances de absolvição já foram maiores, mas os deputados retornam de suas bases sob o impacto negativo da dupla absolvição da semana passada, o que poderá pesar na decisão.

O deputado admitiu o recebimento de R$ 700 mil do empresário Marcos Valério, mas afirmou que usou o dinheiro para pagar o advogado de defesa do ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC). Segundo o relator Carlos Sampaio (PSDB-SP), Corrêa quebrou o decoro ao receber recursos irregulares, obtendo vantagem indevida. Isso teria sido comprovado pela informalidade incomum dos saques feitos por João Carlos Genu em nome da direção do partido, pela não prestação de contas ou comprovação da origem, e pelo testemunho de Valério.

Já Pedro Henry contou com o apoio até do PSDB e do PFL para derrubar no Conselho de Ética, por 9 votos a 5, o relatório do deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP). O argumento a favor de Henry foi que o Conselho não conseguiu provar sua participação no escândalo, restando apenas a denúncia do deputado cassado Roberto Jefferson, de que ele era o chefe do esquema no PP. Para o relator, a decisão deixou evidente um acordo que envolveria PSDB, PFL, PT e PP. Foi a primeira vez desde que começou a crise política que o relatório foi derrotado.

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