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A Câmara fez nesta quarta-feira uma votação simulada para testar as urnas eletrônicas que serão usadas na eleição do dia 1º de fevereiro para a presidência da Casa e para a Mesa Diretora. O novo equipamento deve agilizar o processo de eleição interna, que será pela primeira vez eletrônico. O voto, no entanto, continua sendo secreto.

- Na eleição do Severino, a votação durou 11 horas em uma sessão de 17 horas - disse o diretor de coordenação do sistema eletrônico de votação, Leirton Saraiva de Castro, sobre a eleição de Severino Cavalcanti, em 2005, com dois turnos.

Agora, a previsão, segundo o secretário-geral da Mesa, Mozart Vianna, é que dure entre três e quatro horas.

Na votação simulada para a presidência, a coordenação de votação eletrônica escolheu, aleatoreamente, três deputados novatos: Manoela D'Ávila (PCdoB-RS), que obteve 24 votos; Rebeca Garcia (PT-AM), com 12 votos; e Gladson Cameli (PT-AC), que recebeu sete votos. 45 servidores da Câmara participaram da simulação.

Ao comentar o resultado do simulado, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato à reeleição, brincou com o fato da novata Manuela, do mesmo partido que ele, ter vencido.

- Se eu soubesse desse resultado antes, eu teria renunciado para ela disputar - disse, para em seguida completar com um elogio à correligionária de 25 anos, que, antes mesmo de iniciar seu primeiro mandato, já foi eleita a nova musa da Câmara: - Mas ela venceria em qualquer partido.

Urnas foram desenvolvidas pela própria Câmara

As urnas foram desenvolvidas pela Câmara e, segundo Saraiva de Castro, não custaram nada à Casa, que reutilizou uma estrutura já existente. Na urna, aparece o nome e a foto do candidato.

Serão oito urnas, mais uma urna especial para deficientes. Cada deputado terá uma senha e todos os votos serão criptografados. Para evitar que se tente, posteriormente, resgatar os votos e seus autores, a memória dos computadores das urnas eletrônicas será apagada. A expectativa é que cada parlamentar gaste de 2 a 3 minutos para votar, já que além da presidência da Câmara, haverá também a escolha de dez membros da Mesa.

Aldo elogiou a introdução das urnas eletrônicas. Segundo ele, as oito urnas foram vistoriadas por representantes de todos os partidos, o que dá segurança aos deputados, que vão usar o equipamento pela primeira vez.

- A adoção da urna eletrônica foi uma das grande contribuições do Brasil à vida democrática. Ela é um instrumento da democracia - disse.

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