• Carregando...
 | Cesar Machado/ Agrostock
| Foto: Cesar Machado/ Agrostock

O ex-governador de Per­nam­buco e pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) criticou ontem em Cascavel, no Oeste do Paraná, a "briga" entre os governo federal e estadual em função da demora para a liberação de empréstimos solicitados pelo estado. Campos, que vem criticando duramente a presidente Dilma Rousseff, assumiu a versão do governador Beto Richa (PSDB) para a crise com o Palácio do Planalto e disse que ficou "triste" ao ver "as velhas brigas políticas atrapalhando o Paraná".

O governo do Paraná acusa o governo federal de "perseguição política" pela não liberação dos empréstimos; já a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann, pré-candidata do PT ao Palácio Iguaçu, diz que o estado ultrapassou o limite de gastos com o funcionalismo, o que impediria o repasse dos recursos. "Essa é a política ultrapassada do século 19 e que no século 20 precisa ser efetivamente vencida", disse Campos.

Avaliação

Para o ex-governador de Pernambuco, as mudanças iniciadas durante o governo Lula pararam durante a gestão de Dilma. "As mudanças pararam de acontecer. Os ganhos pararam de chegar à vida das pessoas e a vida começou a piorar nas grandes cidades, no campo, na vida dos mais pobres e na vida das empresas. Nós tivemos nos últimos três anos o menor crescimento na história da República", afirmou.

Em entrevista à rádio CBN de Cascavel, Campos foi mais duro: disse que integrantes da base aliada de Dilma vão "descer a rampa" do Planalto caso ele vença as eleições de outubro. "A gente tem que partir já avisando: quando nós chegarmos lá, vocês saem, viu? Nós vamos subir a rampa no dia 1.º de janeiro, e eles descem", disse.

Segundo ele, esse grupo teria "cercado" os governos do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e de Lula (2003-2010), até conseguir "mandar mesmo" na atual gestão. "Eles cercaram o Fernando Henrique e foram para o governo. Chegou o Lula, eles demoraram mais um pouco, mas foram pra perto, daqui a pouco estavam dentro. Chegou a Dilma, a gente imaginou que ela ia botar um bocado deles para fora, e pelo contrário: agora que eles estão mandando mesmo".

O pré-candidato disse ainda que o PSB não definiu qual será seu posicionamento no Paraná. "Já temos uma posição consensual dos rumos da disputa nacional, mas o debate sobre a situação estadual prossegue entre os partidos", declarou. A tendência é que o PSB apoie a reeleição do governador Beto Richa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]