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Governo

Campos defende CPMF como contribuição ao ciclo de crescimento

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, defendeu nesta sexta-feira a prorrogação da CPMF como fator necessário para o ciclo de desenvolvimento que o país atravessa.

"O Brasil não pode prescindir dos 39 bilhões que a CPMF representa. Não é justo para o país que se estrangule uma das fontes de financiamento nesse momento de crescimento", disse o governador, após a cerimônia de filiação ao PSB do ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa.

Campos, presidente nacional do partido, se disse um defensor da permanência da CPMF mais como tributo fiscalizador do que arrecadador, mas que nesse momento aprova a alíquota de 0,38 por cento, como deseja o governo, para o país fechar as suas contas.

"E que mais adiante se pense a CPMF como tarifa fiscalizatória, em um contexto de reforma tributária que acabe com esse modelo insustentável, regressivo e concentrador de renda", afirmou.

Para Campos, a sociedade vê com estranheza o "discurso estridente" de quem sempre defendeu a CPMF agora a condenando, assim como estranha os que sempre foram contrários sendo favoráveis.

"O debate precisa sair dessa limitação e se encaminhar para o significado da contribuição."

No dia da filiação de Carlos Lessa, que será o candidato do partido à prefeitura do Rio ano que vem, o governador Eduardo Campos evitou falar em candidatura própria para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, em 2010.

"É muito cedo para tratar disso. Faz pouco tempo que terminou uma eleição e o país não quer ver essa discussão agora", disse Campos, acrescentando que o papel do seu partido é ajudar o Brasil nesse bom momento econômico.

"Para nós é estratégico o êxito do presidente Lula. Do fracasso, já tem quem se aproprie", completou.

Fim do PMDB

Após quase 40 anos no PMDB, Carlos Lessa filiou-se ao PSB por não ver mais futuro em seu antigo partido.

"O PMDB não é mais nada", criticou Lessa. "O PMDB foi um grande movimento que instalou o Estado de Direito no Brasil."

O ex-presidente do BNDES condenou as mudanças constitucionais que vêm sendo feitas por meio de emendas, "6 mil medidas provisórias e fenômenos como o mensalão", que no seu entender desconstruiram o espírito da Constituição de 1988.

"Gostaria que o PMDB tivesse força para voltar a brigar pela Constituição. Mas não, prefere ficar com Renan Calheiros", disse, referindo-se ao presidente do Congresso, que foi absolvido num processo de cassação por quebra de decoro parlamentar, mas enfrenta outros três no Senado.

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