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A cidade de São Paulo teve, este ano, o mês de novembro mais chuvoso dos últimos 28 anos, de acordo com os meteorologistas da Climatempo. Choveu na cidade nos últimos 30 dias o equivalente a 230,7 milímetros, 68% acima do previsto. Só em 1978 essa marca foi superada, com 423,7 milímetros. A marca deste ano é a segunda maior desde que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a fazer as medições de chuvas no mirante de Santana. A média de chuvas para os meses de novembro é de 137,4 mm.

De acordo com o meteorologista André Madeira, houve outros anos com meses de novembro bastante chuvosos. Em 1992, choveu 214 milímetros. Depois, em 1997, foram registrados 220 milímetros de chuva. No ano de 2002, a precipitação também foi grande: 226,5 milímetros.

- Mas este é o segundo mês de novembro mais chuvoso desde 1943, quando o Inmet começou a medir o volume de precipitação - afirmou André Madeira.

De acordo com o gerente do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, Flávio dos Santos Rodrigues, a chuva deste mês é assustadora. O problema de alagamentos se agrava porque o solo está muito encharcado, o que diminui a capacidade de absorção da água.

- Nas área de encostas, esse é um grande problema, já que facilita os deslizamentos - afirma Flávio.

Nesta quinta-feira, a cidade de São Paulo tem sete regiões em estado de alerta por conta do risco de deslizamentos de terra em áreas de moradias precárias. Estão sendo monitoradas pela Defesa Civil do município áreas de risco em Itaquera, na zona leste; Jaçanã e Tremembé, na zona norte; Campo Limpo e Cidade Ademar, na zona sul; e Butantã, na zona oeste.

- Nas últimas horas atendemos 15 ocorrências em áreas de risco, sete delas referentes a deslizamentos de terra - disse Jair Paca de Lima, coordenador da Defesa Civil, em entrevista ao SPTV.

Lima não informou o número total de desabrigados pelas chuvas na cidade, mas ressaltou que no Campo Limpo, na zona sul, 26 famílias foram abrigadas pela Subprefeitura depois de terem sido retiradas de áreas de risco.Nesta madrugada, a chuva atingiu quase 50 mm apenas em Parelheiros, na zona sul.

O prefeito Gilberto Kassab voltou a dizer nesta quinta-feira que a cidade está preparada para enfrentar a chuva.

- A capital está preparada e a situação está sob controle - afirmou Kassab.

Em Osasco, o córrego Ribeirão Vermelho transbordou e alagou a Avenida Brasil. Os moradores da região do Jardim Rochdale ficaram ilhados e a água entrou em residências.

Nesta sexta-feira, a chuva deve dar trégua. Segundo a meteorologista Patrícia Madeira, da Climatempo, ainda chove na madrugada e no início da manhã, mas o sol reaparece. O fim de semana será de sol, mas com pancadas de chuva à tarde. Só o sábado pode passar sem chuva. No domingo, o calor aumenta e os termômetros voltam a beirar 30 graus, o que deve provocar temporal no fim da tarde.

A chuva forte que caiu na madrugada desta quinta-feira voltou a alagar avenidas importantes da capital. A cidade amanheceu com 21 pontos de alagamento. A avenida Roque Petroni Júnior ficou intransitável nos dois sentidos, em frente ao Shopping Morumbi, até perto de 10 horas. Na Marginal Pinheiros, o alagamento impediu a circulação de carros pela pista local, na altura da Ponte Eusébio Matoso, no sentido Rodovia Castello Branco, até 7h30m. Só depois disso a água começou a baixar. Nos demais pontos alagados não houve interdição total, mas o trânsito foi prejudicado.

Às 9h, os congestionamentos somavam 162 km, mais do que o dobro da média para o horário (73). O índice foi o terceiro maior do ano para o período da manhã.

Na capital, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) a chuva foi mais forte nas zonas sul, oeste e centro durante a madrugada. Apenas depois das 7h a chuva começou a ficar mais fraca. Na quarta, a chuva castigou a zona leste, que sofreu com deslizamentos e com dois córregos que transbordaram.

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