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São Paulo - Cruzamento de dados de funcionários do Executivo com servidores civis e militares de 13 estados e do Distrito Federal apontou 164 mil indícios de irregularidades na ocupação de cargos públicos, que envolvem gastos de R$ 1,7 bilhão por ano. As informações são da Agência Brasil. Os dados do Para­­ná ficaram de fora desse primeiro levantamento.

Os números foram divulgados ontem pela subsecretária de Re­­­­­cur­­­­­­­sos Humanos do Ministério do Planejamento, Maria Socorro Mendes, durante o 3.º Congresso Nacional de Gestão Pública. Se­­gundo ela, o primeiro cruzamento de dados dos ministérios do Planejamento e da Previdência Social com os cadastros de 14 unidades da Federação esquadrinhou a vida funcional de 3 milhões de servidores, dos quais 6,7% apresentaram indícios de irregularidades nos estados e 3,3% na União.

A pesquisa envolveu os estados de Sergipe, Tocantins, Per­­nam­­buco, Mato Grosso do Sul, Goiás, do Ceará, Piauí, Maranhão, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e da Paraíba, além do DF. Os estados mais populosos ficaram de fora desta fase e, assim, deixaram de ser cruzados os cadastros referentes a 3,91 mi­­lhões de servidores.

Por isso os indícios de irregularidade funcional devem ser ainda maiores, de acordo com o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado, Sérgio Ruy Barbosa. Para ele, o resultado di­­vulgado ontem "foi bastante ex­­pressivo’’ e deve servir de estímulo para que os demais estados fa­­çam um cadastro único de servidores.

Mas esse processo deve demorar cerca de três anos para se consolidar, na avaliação do diretor do de­­­partamento de Relações Inter­­na­­cionais do Ministério do Pla­­nejamento, Luiz Pauffer Padilha. Segundo ele, além de atrair os demais estados, é necessário ampliar o cruzamento a militares, Legislativo e Judiciário, no âmbito federal, e estimular a participação também dos municípios.

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