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O deputado Carlos Willian (PTC-MG) pediu na manhã desta quinta-feira ao Conselho de Ética agilidade na apuração do processo movido pelo seu partido contra o deputado Mário de Oliveira (PSC-MG), acusado de contratar pistoleiros para matá-lo. Willian disse que vive uma rotina de medo e que não sai mais de casa nos fins de semana. Mário de Oliveira, que responde a processo por quebra de decoro parlamentar, nega as acusações.

- Enquanto não forem apurados os fatos, eu me considero um homem marcado para morrer - afirmou o deputado, em depoimento emocionado.

Carlos Willian contou que as desavenças com Mário de Oliveira começaram em 2002, quando o deputado pediu a ele que renunciasse ao mandato para que outra pessoa assumisse como suplente. Carlos Willian explicou que se recusou a atender ao pedido para não trair seus eleitores.

Segundo ele, depois desse episódio, Mário de Oliveira começou a persegui-lo. Willian disse que, em razão disso, acabou prejudicado em suas atividades na Igreja do Evangelho Quadrangular - a mesma congregação de Oliveira - e terminou deixando a instituição em 2005.

Mário de Oliveira, segundo Willian, teria justificado suas atitudes dizendo que o depoente teria roubado R$ 800 mil seus e humilhado sua mãe. Carlos Willian disse que isso nunca aconteceu.

Deputado Mário de Oliveira, pastor da Igreja Quadrangular, apontado como suposto mandante de uma ameaça de morte a um outro deputado, Carlos Willian

O Supremo Tribunal Federal (STF) já abriu inquérito contra Mário de Oliveira. A ação penal teve origem no Ministério Público de São Paulo, com base em acusação feita pela Polícia Civil de Osasco (SP). Segundo a polícia de Osasco, Odair Silva confessou ter seguido orientação de Mário de Oliveira para contratar uma pessoa, por R$150 mil, e matar Carlos Willian.

Ainda de acordo com a polícia, o crime só não se concretizou porque o deputado Carlos Willian mudou sua rotina, ao pegar carona no avião presidencial até Belo Horizonte. Como Oliveira é deputado, tem foro privilegiado no STF.

Em depoimento ao Conselho de Ética, Mário de Oliveira se disse inocente e tranqüilo a respeito das acusações que pesam contra ele. O acusado ressaltou que desconhece a motivação política, ideológica, religiosa ou financeira para a denúncia feita por Odair da Silva, "obreiro credenciado" da Igreja do Evangelho Quadrangular, cujo conselho nacional é presidido pelo deputado.

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