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O deputado Marco Maia, vice-presidente da Câmara, defende o uso do ponto eletrônico | Edson Santos/Câmara Federal
O deputado Marco Maia, vice-presidente da Câmara, defende o uso do ponto eletrônico| Foto: Edson Santos/Câmara Federal

O vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), integrante da comissão responsável por propor a reforma administrativa da Casa, disse ontem que o ponto eletrônico ajudará a coibir os funcionários fantasmas que trabalham em Brasília, mas que os deputados são responsáveis por controlar a atividade e a assiduidade dos que trabalham nos estados. Atualmente, os servidores assinam o ponto nos gabinetes, mas não precisam comprovar a presença diariamente. Podem assinar uma vez por semana ou até por mês.

"Estamos fazendo um estudo para fixar as regras para o novo sistema de ponto. Para os lotados em Brasília, uma opção poderá ser o uso da impressão digital para marcar o ponto e evitar que outro funcionário o faça no lugar do colega. Estamos estudando como controlar a presença de cada um", afirmou Maia.

Nos casos dos funcionários que atuam fora da capital federal, o vice-presidente apela para a fiscalização de cada parlamentar. "O deputado é encarregado de definir a tarefa dos funcionários nos estados e de controlar a assiduidade. Não temos como montar sistema de ponto eletrônico em cada estado", disse o deputado petista.

Além da farra com a cota das passagens e os abusos com a verba indenizatória, a contratação de funcionários que não trabalham é outro problema que a comissão da reforma administrativa pretende enfrentar. Para as passagens e a verba, foram baixadas normas disciplinadoras, mas a comissão busca uma solução definitiva para regulamentar o uso de todos os benefícios a que os deputados têm direito. Em outra frente, tenta acabar ou pelo menos diminuir os "fantasmas".

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada ontem revela que o piloto do avião particular do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, é funcionário da Câmara. O secretário parlamentar Francisco Meireles está lotado no gabinete do deputado Edigar Mão Branca (PV-BA), suplente do ministro. O deputado argumentou que Meireles faz serviços diversos e atua na Bahia. Geddel afirmou que Meireles trabalha como piloto freelancer e que é chamado para pilotar seu avião, um Seneca, quando não está a serviço de Mão Branca.

"Se o piloto presta serviço para o ministro, mas também trabalha para o deputado, não seria um problema. Mas se o piloto trabalha só para o ministro e está lotado no gabinete do deputado, há um problema, sim. O deputado Mão Branca é responsável pelo controle do trabalho e da frequência dos funcionários", disse Marco Maia.

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