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Para reforçar a defesa do ministro Antonio Palocci, a Casa Civil enviou nesta terça-feira um email aos senadores justificando que a experiência adquirida por ele no governo permitiu que sua consultoria, a Projeto, tivesse sucesso.

Segundo a correspondência, "no mercado de capitais e em outros setores, a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES, Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais no mercado".

A Casa Civil argumenta que por essa razão "muitos se tornaram em poucos anos banqueiros como os ex-presidentes do Bacen e BNDES Pérsio Arida e André Lara Rezende, diretores de instituições financeiras como o ex-ministro Pedro Malan ou consultores de prestígio como o ex-ministro Maílson da Nóbrega", diz o texto.

Palocci foi alvo de acusações, publicadas na edição de domingo do jornal Folha de S. Paulo, de que seu patrimônio teria aumentado 20 vezes desde 2006. Ele rebateu as informações por meio de nota, no domingo, e alegou que toda sua evolução patrimonial consta em sua declaração de Imposto de Renda.

No e-mail enviado aos senadores, a Casa Civil informa ainda que o ministro não mora no imóvel avaliado em 6,6 milhões que foi citado pelo jornal.

A Casa Civil argumenta na correspondência ainda que a empresa prestou serviços para clientes da iniciativa privada e recolheu todos os impostos devidos. E que o patrimônio auferido pela Projeto é compatível com as receitas realizadas nos anos de exercício.

Aos senadores, a Casa Civil disse que o objeto social da sociedade "foi modificado antes da posse como ministro para vedar qualquer prestação de serviço que implique conflito de interesse com o exercício de cargo público".

Desde segunda-feira(16), o governo tem se esforçado para conter possíveis impactos da denúncia. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, chegou a dizer na segunda que o assunto estava encerrado do ponto de vista do Executivo.

Contudo, ao longo desta terça-feira, a oposição tem agido para conseguir mais informações sobre a atividade da empresa Projeto e a quem ela atendeu. PSDB, DEM e PPS também tentam levar Palocci ao Congresso para se explicar e pedem que o Ministério Público investigue a evolução patrimonial do ministro.

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