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Depois de mais de quatro horas de depoimento à Polícia Legislativa, o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado João Carlos Zoghbi e sua mulher, Denise Zoghbi, negaram ter conhecimento de qualquer esquema irregular nos contratos de prestações de serviços da Casa. O depoimento deles, na noite de quarta-feira, abriu uma crise na Casa. O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), afirmou ontem que o depoimento foi uma " farsa". A oposição não descarta pedir a criação de uma CPI.

O depoimento feito à Polícia Legislativa do Senado foi um recuo em relação ao que o casal Zoghbi falou para a revista Época. Segundo a reportagem, eles listaram uma série de supostas irregularidades nos contratos firmados pelo Senado, responsabilizando o ex-diretor da Casa Agaciel Maia e até envolvendo os senadores Efraim Moraes (DEM-PB) e Romeu Tuma (PTB-SP).

Virgílio censurou o fato de integrantes do Ministério Público Federal não terem acompanhado a tomada de declarações do casal, conforme havia prometido o presidente do Senado, José Sarney. "Se eu e outro sentirmos que está havendo simulacro nas investigações, a gente pode chegar a esse último passo da CPI que eu não gostaria de chegar", afirmou. Os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) , Eduardo Suplicy (PT-SP) e Cristovam Buarque (PDT-DF) também concordaram com as críticas. Simon disse que o casal teria que ser ouvido separadamente, e, depois, se necessário, ser feita uma acareação.

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