Policiais da Delegacia de Rio D'ouro, em São Gonçalo, vão convocar a mãe da estudante Priscila Belfort, desaparecida desde janeiro de 2004 , para fazer exames. Os agentes querem dados que auxiliem na identificação genética de um crânio que teria sido abandonado por um motoqueiro no bairro Vila Lage. A polícia encontrou o material depois de uma ligação feita ao Disque-Denúncia. O crânio tem uma perfuração de bala e foi levado para o Instituto Médico-Legal de Niterói. A secretária Elaine Paiva da Silva, a mulher que chegou a confessar ter assassinado a estudante, disse que Priscila Belfort foi morta com quatro tiros.
Família acredita que sumiço está perto de ser desvendado
O lutador de vale-tudo Vitor Belfort concedeu na manhã da sexta-feira uma entrevista coletiva para falar sobre o desaparecimento da irmã. Segundo Vitor, o depoimento de Elaine está contraditório, mas a família acredita que o desaparecimento de Priscila pode estar perto de ser desvendado. Na quinta, um ex-motoqueiro revelou que que há dois anos tentaram vender para ele um crânio encontrado no sítio onde Priscila estaria enterrada.
- Se não é a minha irmã envolvida nisso, é a filha de uma outra pessoa. Tem gente envolvida nisso, tem seqüestro, tem morte. Essa mulher não é louca ao ponto de inventar. Ela foi muito inteligente ao pedir proteção ao Ministério Público e pode estar com medo de falar a verdade - disse.
Elaine procurou o MP na última segunda-feira e confessou ter participado do suposto assassinato da universitária. De acordo com Elaine, o corpo de Priscila estaria enterrado num sítio abandonado em São Gonçalo, e o motivo do crime teria sido uma dívida que a jovem e o namorado dela teriam com traficantes da Mangueira.
Vitor, no entanto, afirmou que a irmã nunca foi usuária de drogas, e nem teve qualquer envolvimento com traficantes. Em relação ao namorado de Priscila, ele disse que nunca soube do envolvimento do rapaz com drogas, mas disse que teve pouco contato com o rapaz. O lutador pediu ainda que a população denuncie qualquer informação sobre o caso e elogiou a o trabalho da polícia e da imprensa.



