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 | Cesar Brustolin/SMCS
| Foto: Cesar Brustolin/SMCS

O engenheiro Roberto Böell Vaz, de 42 anos, transformou uma tradicional brincadeira de criança em diversão para adulto. Ele constrói barquinhos de papel gigantes e navegáveis desde 2004. O último exemplar foi construído em julho deste ano e exibido na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

"Tinha 8,8 metros de comprimento e pesava 118 quilos. Foi muito legal por causa do espírito esportivo que tinha na cidade por causa dos Jogos Panamericanos. Conseguiu ficar com o barco durante 16 minutos nas águas da Marina da Glória.

O primeiro modelo foi feito em novembro de 2004 e é o maior de todos. "Tinha 9,6 metros de comprimento e pesava 138 quilos. Saiu de um desafio na Universidade Federal de Santa Catarina, em um encontro nacional de engenharia. Nós fizemos a sugestão de desenvolver o maior barco de papel flutuável e navegável", disse Vaz.

O projeto foi criado para embarcar duas pessoas. "Na água, o barquinho deveria fazer a travessia continente-ilha, em Santa Catarina. Ele foi feito exclusivamente de papelão e cola", afirmou o engenheiro.

O segundo modelo foi feito em janeiro de 2007. "Este já era um pouco menor e tinha 8,5 metros e pesava 105 quilos. Eu naveguei durante oito minutos e meio e levei duas pessoas comigo", disse Vaz.

O engenheiro disse que foi convidado a participar de uma feira náutica, em março deste ano, no Rio de Janeiro. Ele levou o terceiro exemplar, que tinha 8 metros e 90 quilos de papelão. "Normalmente, são necessárias cerca de oito pessoas para ajudar a transportar o barco até a água. E preciso muito cuidado, mas é uma diversão também."

O quarto exemplar construído por Vaz em Florianópolis e tinha 4,8 metros de comprimento, 30 quilos de estrutura em papelão e navegabilidade de 25 minutos. "O segredo para conseguir navegar é não pisar no fundo do barco diretamente, por isso eu coloco umas caixas de papelão para evitar o contato direto com a água. Assim que a superfície do barco se molha, o papelão perde resistência mecânica e afunda." Recorde

O engenheiro disse que não conseguiu registrar o primeiro barco no livro dos recordes por questões técnicas. "O Guiness Book negou incluir o barquinho porque eu usei cola e fitas adesivas, mas é impossível não usá-los."

Vaz viu o barco de papel construído pelo artista Frank Boelter, na Alemanha. "Aquele barco não me parece que foi feito em dobraduras. Pelas imagens que vi, acredito que ele tenha colado as folhas de papel sobre uma fôrma. Os barcos que faço são dobrados no conceito clássico da brincadeira de criança."

Desafio

Vaz está em São Paulo nesta semana e pretende navegar em águas dos rios paulistas. Ele está misnitrando palestras em uma feira náutica e construiu um barquinho de 3 metros de comprimento.

"Espero conseguir fazer com que esse projeto de barquinho navegue no Rio Pinheiros. É um desafio que quero cumprir. Seria muito legal se eu conseguisse fazer isso. Seria até um incentivo para tornar o rio totalmente navegável", disse o engenheiro.

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