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Nestor Cerveró está preso em  Curitiba dentro da Operação Lava Jato. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Nestor Cerveró está preso em Curitiba dentro da Operação Lava Jato.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Netsor Cerveró acusou sócios de uma rede de postos de combustíveis de ter pago propina de cerca de R$ 10 milhões ao senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Um dos donos da rede Derivados do Brasil (DVBR) é André Esteves, fundador do BTG Pactual. A empresa não tem relação com o banco.

A propina descrita por Cerveró estaria relacionada a uma negociação feita em 2010 entre a DVBR e a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Além de Esteves, Cerveró citou outro sócio da DVBR, seu criador Carlos Alberto de Oliveira Santiago, como ator no esquema.

Na operação, a BR teria pago cerca de R$ 150 milhões à DVBR pelo embandeiramento da rede de postos com o logo da estatal. Na delação, Cerveró não especifica quem foi o negociador pela DVBR e nem a fonte pagadora de propina.

Na delação, Cerveró disse que soube do pagamento de propina a Collor por meio de Pedro Paulo Leoni Ramos, que seria operador de Collor, e por Luiz Cláudio Caseira Sanches, que havia sido indicado por Collor para a diretoria da BR Distribuidora.

Esteves entrou como sócio da DVBR em 2009. Ao jornal Valor Econômico, a defesa de Esteves disse que seu cliente nunca teve participação no negócio.

Collor e Leoni Ramos já foram denunciados pela PGR por corrupção e lavagem de dinheiro e não respondeu ao Valor sobre as alegações de Cerveró. André Esteves está preso desde o dia 25 de novembro, sob acusação de atrapalhar as investigações da Lava Jato.

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