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Hugo Chávez reuniu-se nesta quinta-feira (1°) com a presidente Dilma Rousseff e sua colega argentina, Cristina Kirchner, convidadas a Caracas para a cúpula da Celac que começa na sexta-feira (2) com a presença de 30 líderes regionais.

Chávez, para quem esta cúpula na qual será lançada a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) marca seu retorno à cena internacional depois que em junho foi diagnosticado com câncer, recebeu primeiramente Kirchner no palácio de Miraflores.

Após se reunir por quase duas horas, Chávez e Kirchner assinaram uma série de acordos de cooperação comercial, tecnológica, energética e alimentar, em uma reunião que ocorre em meio aos encontros trimestrais que realizam há vários anos, apesar de esta ter sido a primeira desde a reeleição em outubro da presidente argentina.

"Que ótimo começar (a cúpula) com esta reunião bilateral que não pudemos realizar antes por causa da doença que me surpreendeu e da qual, graças a Deus, saímos e sairemos", disse Chávez durante a assinatura de convênios com Kirchner.

A presidente argentina destacou que os acordos fazem parte da "relação de amizade" entre os dois países que, segundo disse, pensam da "mesma forma" para combater a pobreza em seus países, uma luta que também tem a ver "com um processo crescente de integração dos países da região".

Durante o encontro, o governante deu de presente a sua colega argentina um quadro pintado por ele mesmo de seu ex-marido Néstor Kirchner, ao inaugurar também em Miraflores um salão em homenagem ao ex-presidente.

Posteriormente, Chávez iniciou uma reunião com Dilma para assinar "um conjunto de novos projetos" e "revisar os convênios que vão avançando em matéria tecnológica, científica, social", entre outras áreas.

O governante pretende reeditar com Dilma as boas relações que manteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi um firme aliado da Venezuela e assinou acordos milionários de cooperação com o país, principalmente em petróleo e construção.

De fato, um dos temas bilaterais pendentes é a contribuição da petroleira estatal venezuelana PDVSA na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, fechada com a Petrobras.

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira ter aceitado ampliar por 60 dias o prazo para que a PDVSA cumpra com as garantias financeiras requeridas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e confirme assim sua participação na refinaria.

O projeto para a construção de Abreu e Lima surgiu há mais de sete anos, após um acordo entre Lula e Chávez.

Mas em 2007 a Petrobras decidiu dar início às obras sozinha porque a PDVSA não tinha efetuado o desembolso dos recursos que lhe garantiam 40% do capital acionário previsto.

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