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Vinte pessoas são suspeitas de participação no seqüestro do repórter da TV Globo Guilherme Portanova e estão sendo investigadas pela Delegacia Anti-Seqüestro. A informação é do delegado Wagner Giudice, responsável pelo setor. Nesta terça-feira, policiais fazem diligências na zona sul de São Paulo, onde ficariam os cativeiros onde o jornalista foi mantido. Em depoimento à polícia, Portanova afirmou que ficou em três cativeiros diferentes durante as 40 horas em que esteve em poder do crime organizado. O repórter também falou sobre o pavor que sentiu.

Na noite desta segunda-feira, uma informação ao Disque-Denúncia (181) levou a polícia a prender em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, um suspeito de ter participado do seqüestro. Além disso, Portanova e o auxiliar técnico Alexandre Calado reconheceram em retratos falados dois dos três homens apontados como autores do seqüestro.

Um dos retratos falados divulgados é semelhante a um bandido conhecido como "Fininho", que seria um dos chefes da facção criminosa que tem promovido atentados no estado de São Paulo. A polícia também investiga a participação de Carlos Antonio da Silva, o Balengo ou BL, outro chefe da facção, no crime.

- Eles (vítimas) olharam o retrato falado e disseram que dois se parecem com os sujeitos que os atacaram - afirmou Wagner Giudice, da Delegacia Anti-Seqüestro.

Segundo Giudice, todos os suspeitos têm passagem pela polícia. Pelo menos seis pessoas participaram do seqüestro dos funcionários da TV Globo, mas outros criminosos teriam ficado responsáveis por vigiar os reféns no cativeiro.

Está sendo investigada também a participação de Maurício Hernandez Norambuena , chileno que foi mentor do seqüestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001, e do líder do crime organizado no estado, Marcos Camacho, o Marcola. Os dois cumprem pena na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes. Norambuena está sendo acusado de ter ensinado a prática de guerrilha e terrorismo a integrantes da quadrilha comandada por Marcola, responsável pelos atentados em São Paulo.

Os dois funcionários da TV Globo foram seqüestrados por volta das 8h de sábado, quando saiam de uma padaria perto da sede da emissora. Os bandidos soltaram Calado na noite de sábado e mandaram que ele entregasse à emissora um DVD com mensagens contra a situação nos presídios do estado. A veiculação era a exigência para que o repórter não fosse assassinado.A mensagem divulgada pode ter sido plagiada.

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